O anúncio, em 2012, da construção do Porto Central em Presidente Kennedy sacudiu o Espírito Santo. Afinal, estava-se diante de uma obra grandiosa — com uma retroárea de cerca de 10 milhões de metros quadrados e capacidade para receber os maiores navios do mundo, com mais de 20 metros de calado — com capacidade de gerar empregos e ser a base de uma cadeia produtiva efervescente no Sul do Estado, não somente na operação de petróleo, mas também grãos, contêineres, estaleiros e descomissionamento de plataformas de petróleo.
Naquela ocasião, a expectativa era de que o porto-indústria privado fosse inaugurado em 2015. A realidade: chegamos a 2024 e ele nem sequer saiu do papel. Somente no ano passado, em maio, foi assinada a licença de instalação do complexo portuário.
O ano está chegando ao fim, contudo, com esperadas boas notícias. A data do início das obras deve ser anunciada em 2 de dezembro, e a previsão é de que o novo complexo portuário receba o primeiro navio em 2028. Mais quatro anos pela frente que, espera-se, contem uma nova história sobre esse empreendimento tão aguardado.
Para a infraestrutura portuária capixaba, será um marco importante. O Porto Central terá posição privilegiada, perto dos grandes centros produtores de petróleo no país, estrategicamente aberto para Estados Unidos e Europa. A capacidade competitiva do setor portuário capixaba dará um salto.
Principalmente quando uma ferrovia chegar até o porto, um projeto tão aguardado quanto o próprio Porto Central: a EF-118 que vai ligar a Grande Vitoria ao Rio de Janeiro. É assim que um novo ecossistema industrial vai se consolidar em Presidente Kennedy. Mas, para tanto, as obras precisam deslanchar.
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