2025 entra pela porta com novos mandatos nas administrações municipais e novas legislaturas nas câmaras. Com prefeitos e vereadores já empossados, há muito a ser feito nessa que é a esfera mais próxima do dia a dia da população, na qual residem as demandas mais urgentes. É nas cidades que a vida acontece, é nas cidades que se mede a qualidade de vida da população.
Na Grande Vitória, o clima é de continuidade, com os prefeitos reeleitos de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Viana começando novos mandatos. Na Serra, o prefeito mudou, mas permanece o grupo político que o apoiou. O eleitor foi às urnas e aprovou essas gestões, sobretudo pelas entregas dos últimos quatro anos. A paisagem dessas cidades teve mudanças significativas nesse período, com obras importantes. A população, ao escolher a continuidade, mostra que quer mais.
Mas esse "querer mais" sempre depende da eficiência da gestão. Principalmente em um horizonte mais desafiador. Se esta década tem sido de bonança finaceira para os municípios capixabas, como apontado pelo anuário Finanças dos Municípios Capixabas no ano passado, a tendência, segundo especialistas, é de que haja um esgotamento até 2026.
Ajustes financeiros serão necessários, diante das incertezas de conjuntura. A aplicação da reforma tributária também será um desafio nos próximos anos, com perdas de receitas. As cidades vão ter de se reinventar, atraindo mais investimentos para aumentar a arrecação e, assim, conseguir oferecer serviços de qualidade em saúde, educação, infraestrutura urbana, lazer e cultura.
Sem deixar de lado o problema da segurança pública, que exigirá cada vez mais engajamento dos prefeitos com o governo estadual. E também a gestão do trânsito, com ações mais participativas das guardas municipais, para conter a carnificina que é testemunhada nas ruas e avenidas. Mais fiscalização, mais punição para quem comete infrações.
Outro assunto que não pode sair da lista de prioridades são as ações para mitigar os efeitos das mudanças climáticas nas cidades, com um novo reordenamento urbano e um eficiente mapeamento de riscos. Os extremos climáticos já são uma realidade, e os prefeitos têm a responsabilidade de deixar as cidades preparadas para o pior.
Serão quatro anos de desafios que, esperamos, sejam também de conquistas para a população. Com políticas públicas que melhorem a vida de todos, forjando aquilo que é interesse comum: cidades organizadas, limpas e seguras, com trânsito civilizado. Cidades que ofereçam serviços públicos de qualidade. Cidades com equilíbrio financeiro para atingir todos esses objetivos.
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