Primeiro debate de presidenciáveis na Band teve um vencedor incontestável

Há objetividade e subjetividade nas análises que avaliam a participação dos candidatos nesta importante etapa da campanha em que são colocados frente a frente, mas não é difícil apontar quem saiu ganhando

Publicado em 30/08/2022 às 02h00
Candidatos
Candidatos à Presidência participam de debate na Band. Crédito: Reprodução/Band

A resposta pode ser dada na lata: o eleitor. E, por consequência, a própria vitalidade democrática, ao colocar os candidatos diante uns dos outros, com formatos  e regras que podem variar, sempre acordadas previamente. Ninguém está desprevenido, todos  têm a liberdade de se preparar para o confronto direto com os adversários, com argumentos e estratégias que julgarem mais eficientes.

primeiro debate entre os presidenciáveis das eleições 2022, realizado por um pool de veículos (Band, UOL, Folha de S.Paulo, TV Cultura), contou com os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas e três candidatos de partidos com representantes na Câmara de Deputados. Definir vencedores e perdedores em um debate não é uma ciência exata, há doses de objetividade e de subjetividade nas análises que avaliam a participação dos candidatos nesta importante etapa da campanha. Mas há alguns consensos.

Um debate serve para avaliar não somente as propostas, mas o próprio comportamento do candidato quando confrontado com fatos que o desagradam ou desabonam. É um termômetro importante para o eleitor. E, no caso de falas ou argumentos mentirosos e falaciosos, as agências de checagem de fatos passaram a estar a postos para confrontar os dados. Com uma busca na internet, é possível confirmar ou não afirmações ou negações que embasaram os argumentos dos candidatos.

Por isso, é tão importante acompanhar o debate enquanto ele acontece. Para ter noção de contexto, pois se sabe que uma das estratégias pouco honestas das campanhas eleitorais atualmente é a disseminação de trechos de entrevistas ou participações na TV que criam narrativas que não necessariamente condizem com a realidade daquele momento. É uma forma sutil de desinformação.

O programa da noite de domingo (28) foi a terceira maior audiência da Band neste ano e uma das mais altas da TV Cultura. A Band tirou a liderança da Globo a partir das 22h53, que já havia sido alcançada por alguns minutos durante a exibição do Fantástico. Na internet, houve um pico de visualizações simultâneas de 1,8 milhão espectadores no YouTube, ultrapassando as 381 mil visualizações simultâneas do debate presidencial de 2018.

O primeiro encontro entre os líderes da pesquisa, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), representando os dois polos ideológicos do país, foi um chamariz incontestável, o que explica a audiência e a repercussão. Mas também é mais do que a mera curiosidade pelo embate: as pessoas estão mais interessadas em política e merecem que ela seja tratada com a devida importância. É a política que viabiliza a vida em sociedade, na busca de consensos. Espera-se que os candidatos continuem comparecendo a esses compromissos de campanha tão valiosos até o fim da eleição.

Não deixa de ser irônico que até o mau desempenho de um pleiteante ao Palácio do Planalto possa ser um ponto a mais para o cidadão que estará diante da urna em 2 de outubro. É com os erros e acertos de cada candidato que o eleitor vai consolidar seu voto.  O que é a vitória da democracia.

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