A desestatização finalmente começa a sair do papel, de forma organizada e planejada, no governo Bolsonaro. É a agenda liberal de Paulo Guedes se concretizando, com o propósito maior de desvencilhar o Estado brasileiro do seu fardo estatal, o que nem de longe é uma contradição.
É um processo do qual, não há dúvidas, sairá fortalecido, com capacidade de direcionar investimentos nas áreas em que sua atuação é essencial. Educação, saúde, segurança pública... é a esses setores, principalmente, que o poder público precisa direcionar os seus recursos.
O Espírito Santo, especialmente, só tem o que comemorar com a oficialização da privatização da Codesa, empresa com um histórico de apadrinhamento político e falta de gestão que enfim poderá desancorar rumo aos mares da produtividade. A estatal passou muito tempo como um elefante branco desgovernado.
Com a privatização, sua capacidade operacional poderá ser ampliada, levando em conta até mesmo suas limitações estruturais. O Estado, com sua vocação para o comércio exterior, só tem a ganhar. A concessão colocará um ponto final a um foco de politicagens nocivo. Algo que, numa escala bem maior, também ocorreu na Eletrobrás e Correios. Notoriamente.
Assim, privatizar é se desapegar dos supérfluos, é deixar de desperdiçar esforços com serviços que poderão ser realizados com mais eficiência por empresas privadas.
Os Correios novamente são um bom exemplo: não há razão de ordem prática ou estratégica para se manter a ingerência estatal. É o momento, inclusive, de a empresa se reposicionar, diante da revolução digital que transformou as comunicações e da concorrência na entrega de encomendas.
O Brasil dá passos importantes para superar a cultura estatizante que até hoje não conseguiu transformá-lo. Se a presença maciça do Estado resolvesse os problemas, eles não continuariam se acumulando. É uma questão administrativa básica, baseada na própria experiência.
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Não há razão para continuar insistindo no erro, fomentado por um discurso populista que não faz sentido em pleno século XXI. O plano de privatizar a Petrobras até o fim do mandato deve ser encarado com o otimismo de um país que começa a olhar para o futuro. O passado pode ficar onde sempre esteve: no passado.
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