R$ 6 bi garantidos: ferrovia no ES avança, mas cobrança deve continuar

Um passo importante foi dado, com a superação do impasse entre o governo federal e a Vale. Há ainda muitos trilhos a serem percorridos, sob o olhar atento da sociedade capixaba

Publicado em 05/01/2025 às 22h00
Locomotiva da Estrada de Ferro Vitória a Minas: Vale deve investir na ferrovia
Locomotiva da Estrada de Ferro Vitória a Minas: Vale deve investir na ferrovia. Crédito: Márcia Foletto/Agência Vale

Saiu no apagar das luzes de 2024 o acordo consensual  entre o governo Lula e a Vale que revisa os valores dos contratos de concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Vitória a Minas (EFVM). Para o Espírito Santo, uma decisão muito aguardada, já que R$ 6 bilhões desse acordo serão destinados para a construção do ramal ferroviário que vai ligar a Região Metropolitana da Grande Vitória a Anchieta.

É o embrião de uma conexão com Presidente Kennedy, onde a primeira fase das obras do Porto Central foi anunciada em dezembro. E, mais adiante, será a ligação ferroviária com o Rio de Janeiro, consolidando a EF-118. Em julho do ano passado, antes do impasse em torno da renegociação dos valores, a Vale se comprometeu com a entrega do trecho de 80 quilômetros entre Santa Leopoldina e Anchieta em 2030.

É um projeto grandioso, na mesma dimensão das expectativas de integração logística do Espírito Santo com o resto do país. Na palestra de encerramento da 19ª edição do Pedra Azul Summit, o governador Renato Casagrande reforçou que integração da malha ferroviária ainda é desafio para o Estado. O complexo portuário capixaba está sendo ampliado, mas para garantir volume de cargas vai depender de modais logísticos que o conecte com o país. As ferroviais são imprescindíveis para levar o comércio exterior a um novo patamar.

 A agenda é prioritária para o Espírito Santo e, mesmo com o acordo agora destravado, as cobranças não podem parar. O processo de 739 desapropriações para a obra, como lembrou o vice-governador Ricardo Ferraço em entrevista ao colunista Abdo Filho,  pelo cronograma original da Vale deve ser finalizado em julho deste ano. Historicamente, sabe-se o impacto da burocracia nesses projetos. O governo estadual e a bancada em Brasília continuam sendo atores importantes para impedir novos impasses.

Um passo importante foi dado, com a superação do impasse entre o governo federal e a Vale. Há ainda muitos trilhos a serem percorridos, sob o olhar atento da sociedade capixaba. Esses investimentos na logística vão definir novos rumos para a economia capixaba, com mais oportunidades para a população.

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