A queda do Espírito Santo no Ranking de Competitividade dos Estados 2022 é preocupante. Em 2020, comemorava-se a chegada inédita ao quinto lugar, feito repetido em 2021. Um ano depois, o recuo de cinco posições no levantamento anual realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) precisa acender o alerta: onde quer que o Estado tenha falhado nos 86 indicadores que medem a capacidade de atrair investimentos, é preciso recuperar o empenho que o colocou antes entre os cinco mais competitivos do país.
Afinal, um Estado competitivo é aquele que busca a excelência em áreas determinantes para o desenvolvimento. O resultado é sempre economia saudável e justiça social. No ranking, são aferidos dez pilares: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação. Em sete deles, o rendimento estadual ficou aquém do ano anterior.
A Eficiência da Máquina Pública foi o quesito no qual foi registrado o pior desempenho, o que tirou 15 pontos do Estado na comparação com 2021. Com uma lupa, é preciso investigar as falhas e agir com estratégia para melhorar a administração pública, com eficiência. Segurança Pública (-4), Sustentabilidade Ambiental (-2), Inovação (-7) e Capital Humano (-4) também foram pilares problemáticos. Já em Potencial de Mercado subiu uma posição.
Essa derrapada em um ranking no qual o progresso parecia garantido não mancha o trabalho que tem sido feito na última década. Um processo evolutivo que consolidou políticas de Estado perenes, que transcenderam a governos e governadores, com o Espírito Santo se tornando um exemplo de gestão. A Solidez Fiscal é um desses pontos mais notórios. Na avaliação de 2022, houve o recuo de uma posição, creditado mais à melhora da situação do Mato Grosso do que a falhas da gestão capixaba.
Competitividade é a capacidade de administrar com eficiência os recursos disponíveis, propiciando a entrega de serviços públicos de qualidade à população. É construir um ambiente de negócios atraente ao investimento privado, com geração de riquezas e melhoria do padrão de vida da população. É transformar as potencialidades em oportunidades concretas. O Espírito Santo, com esse diagnóstico, tem como atacar as próprias fragilidades e definir políticas públicas que façam o Estado voltar a subir no ranking. Sem competitividade, não há desenvolvimento nem riqueza.
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