O cerco aos crimes patrimoniais precisa ser sempre celebrado, mesmo que seja um trabalho de formiguinha, cujos resultados são imperceptíveis no curto prazo. Parece pouco, mas a cada quadrilha desbaratada, a cada êxito investigativo que aponte também os receptadores, aqueles que mais se beneficiam dos roubos e furtos, mais perto se estará de reduzir os índices desses crimes que tanto aumentam a sensação de insegurança na Grande Vitória.
Na semana passada, a Polícia Civil prendeu o líder de uma quadrilha que há mais de um ano praticava furtos em automóveis em bairros como Mata da Praia e Enseada do Suá, em Vitória. Em um dos casos, o crime ocorreu dentro de um estacionamento de supermercado, como mostra o vídeo abaixo:
Mesmo que o furto seja um crime no qual a integridade física da vítima é preservada, por estar ausente ou por não perceber a subtração, a violência não deixa de existir. Sem falar que grupos organizados para praticar furtos de forma sistemática em muitos casos têm elos com outros crimes.
Também na semana passada, foram presos, na Rodovia ES 060, em Guarapari, mais dois homens suspeitos de integrarem a quadrilha desbaratada durante a Operação Tolerância Zero”. O grupo é apontado como responsável por furtar mais de 400 caminhões desde 2019 no Estado.
Assim como foi importante a participação da Polícia Civil do Estado na recuperação de oito bicicletas, avaliadas em R$ 160 mil, roubadas de uma loja em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Um trabalho integrado entre as polícias dos dois estados que acertou em cheio nos receptadores, encontrados no Morro do Cruzamento, no Centro de Vitória.
E não dá para não falar do Projeto Recupera, que foi tema de editorial na semana passada. Nesta semana, o governo do Estado iniciou a entrega dos aparelhos recuperados aos donos. É grande a expectativa de que o programa, inspirado em iniciativa do Piauí que vai ser adotada nacionalmente pelo Ministério da Justiça, ajude a reduzir os roubos e furtos pelo simples fato de que os celulares roubados serão acionados.
Não importa a natureza do produto furtado ou roubado, é importante que haja um trabalho contínuo de inteligência para cercar quem se beneficia desses crimes, principalmente quem se organiza para tanto. O atacado é mais relevante que o varejo. Com eficiência investigativa, a própria prática criminosa acaba sendo inviabilizada.
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