A Terceira Ponte acabou de completar 34 anos no último dia 23. Com tanto tempo de estrada, a estrutura monumental sobre a Baía de Vitória já deu provas suficientes do seu valor para a mobilidade na Grande Vitória. Acredite, durante sua tortuosa e demorada construção, que se arrastou pela década de 80, houve até quem duvidasse da necessidade da obra. Depois de tanto tempo, alguém consegue imaginar Vitória e Vila Velha sem a Terceira Ponte para conectá-las?
Conseguimos pensar em mais, não em menos. O crescimento populacional na região metropolitana provocou a saturação da estrutura, e a Terceira Ponte acabou defasada, mas jamais obsoleta. Pelo contrário, sem ela a locomoção na Grande Vitória estaria ainda mais caótica. O que se impôs com o passar dos anos foi a necessidade do planejamento e do desenvolvimento de alternativas viárias. Sobretudo, viáveis.
Neste domingo (27), o governo do Estado inaugura a maior obra estrutural já realizada na Terceira Ponte, com a adaptação da via, que passa a ter três faixas em cada sentido. O debate público sobre o impacto efetivo dessa obra no trânsito está acirrado, principalmente pela redução do espaço entre os veículos. É provável que a terceira faixa não solucione definitivamente os engarrafamentos nos horários de pico, mas se conseguir reduzi-los, já será louvável. Justamente por isso, o governo e as prefeituras devem estar atentos, com soluções para os gargalos nas vias de acesso. A preocupação com a Terceira Ponte não termina com a entrega da obra.
E não se pode deixar de falar na Ciclovia da Vida, importante não só como mais uma opção de mobilidade, mas também para o turismo e a segurança (com ela, pretende-se reduzir as ocorrências de suicídio). A nova estrutura se apresenta como um desafio para a maioria dos ciclistas pela sua elevação, mas, como alternativa de trajeto entre as duas cidades, é possível que consiga conquistar muitas pessoas, principalmente em passeios de fim de semana. O visual será arrebatador.
O ano de 2023 ainda reserva para a Terceira Ponte, em dezembro, o fim do contrato de concessão com a Rodosol, assinado em 1998. Ainda não há definições sobre o modelo a ser adotado, se haverá redução de pedágio. As dúvidas sobre o futuro da Terceira Ponte são muitas. A única certeza é a de que ela continua imprescindível para a rotina dos capixabas.
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