Enquanto a Polícia Civil prossegue com as investigações sobre a morte do aposentado Manoel Oliveira Pepino, de 73 anos, na Mata da Praia, em Vitória, ocorrida após uma troca de tiros com advogado Luis Hormindo França Costa, de 33 anos, há apenas uma certeza: a do papel crucial das câmeras de monitoramento para esclarecer os acontecimentos daquela noite de sábado marcada pela violência.
Nesta terça-feira (7), as imagens registradas por uma câmera residencial apontada para a pracinha do bairro que foi cenário da troca de tiros foram divulgadas. Mesmo que não mostrem o tempo todo diretamente as pessoas envolvidas, os áudios e a marcação dos horários são elementos importantes para montar o quebra-cabeça e ajudar a elucidar o caso.
Em 22 de abril, dois dias após a ocorrência, dois vídeos de diferentes câmeras residenciais já tinham chegado a público. Diferentes pontos de vista que, mesmo que não sejam conclusivos, ajudam o trabalho investigativo.
As câmeras de segurança e videomonitoramento passaram a ser onipresentes nas cidades. Acidentes de trânsito, roubos, furtos, assassinatos... já faz algum tempo que a vida pública passa pelo crivo desses equipamentos. Os flagrantes captados pelas lentes fornecem novas perspectivas, com a indicação de suspeitos e circunstâncias dos mais diversos crimes.
Um caso de repercussão nacional recente, a morte de um motorista de aplicativo em um acidente provocado pelo condutor de um Porsche em altíssima velocidade, teve o apoio das imagens de uma câmera de videomonitoramento, que flagrou o momento da colisão, deixando poucas dúvidas sobre a dinâmica do acidente. Nesta segunda-feira (6), o site G1 divulgou imagens das câmeras corporais dos PMs nas quais eles explicam porque liberaram o motorista no dia do acidente.
O que mostra que as câmeras nas fardas da PM, prometidas para serem implementadas no Espírito Santo neste ano, podem ser um elemento a mais a contribuir no esclarecimento das mais diversas ocorrências.
As câmeras estão espalhadas por todo canto, e isso só beneficia a Justiça. Mas, ao mesmo tempo, é preciso ter em mente que as tecnologias não param de avançar, e a inteligência artificial está aí para mostrar que imagens podem ser manipuladas. São novos desafios. Os vídeos têm função auxiliar e precisam ser analisados com cautela, mas são cada vez mais indispensáveis para ajudar a elucidar crimes, evitar injustiças e combater a impunidade.
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