Um acidente de trânsito, na quarta-feira (12), causou uma das cenas mais impressionantes nos quase 35 anos de existência da Terceira Ponte: um motociclista foi arremessado após ser atingido por um carro, caindo em uma rua de Vila Velha. Até a quinta-feira (13), o estado de saúde dele ainda era grave.
Essa ocorrência causa espanto pela improbabilidade, mas quem circula pela Grande Vitória sabe que o caos anda tão instaurado que só se pode contar com a sorte para que acidentes tão inacreditáveis quanto esse acabem não ocorrendo. Excesso de velocidade e desrespeito às leis mais básicas de trânsito, como não avançar o sinal vermelho, podem ser testemunhados em qualquer rua ou avenida, a qualquer hora do dia.
Quando um condutor decide furar o sinal, ele está deixando o acaso decidir o próprio futuro. E isso tem ocorrido com uma frequência inadmissível. E os pedestres não ficam de fora, quando atravessam em vias movimentadas fora da faixa. As atitudes imprudentes e negligentes estão em todos os lados.
Há poucas semanas abordamos neste espaço que as avenidas viraram circuitos de alta velocidade, quando um veículo derrubou o portão de uma residência na Avenida Fernando Ferrari, em Vitória. Lutar por um trânsito mais civilizado pode parecer repetitivo, mas desistir não é uma opção. Só nos quatro primeiros meses deste ano, 280 pessoas perderam a vida no trânsito no Espírito Santo. Não é aceitável.
A presença de agentes de trânsito, indispensável para a organização de pontos mais críticos e para a fiscalização, deve ser sentida pela população. Quando motoristas perceberem que, ao cometer uma ação imprudente ou descumprir as regras no trânsito, algum agente público virá ao seu encontro, eles certamente vão começar a mudar o comportamento. Ora, os municípios, com seus cercos eletrônicos, estão cada vez mais monitorados e isso deveria funcionar mais para o trânsito.
A paz no trânsito é mais que uma causa justa, ela é uma causa possível, com mais abordagens e menos impunidade.
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