
Coqueiral de Aracruz foi escolhida por votação popular de HZ a praia mais bonita do Espírito Santo, após enquetes regionais que definiram as mais belas da Grande Vitória e dos litorais Norte e Sul. Uma mobilização que mostrou o quanto o capixaba valoriza suas belezas naturais, que não são poucas, mas que ainda não têm a devida relevância nacional.
Para qualquer lado que se olhe no Estado, há paisagens marcantes. Itaúnas e Guarapari já se destacam como destino de praia, Pedra Azul e a região do Caparaó como destino de montanhas. Mas o turismo no Espírito Santo não consegue deslanchar de forma organizada e profissional, e lá se vão décadas em que se repete que temos pontencial para receber mais visitantes... e nada muda.
Potencial não é nada sem trabalho e investimento. O papel do poder público é o de indutor, atraindo a iniciativa privada. E, não custa destacar, o turismo não pode ser predatório: é o equilíbrio, com o devido regramento em meio à comunidade em que se insere e ao meio ambiente, que garante a sua sustentabilidade.
Durante muito tempo, o turismo no Estado, com raras exceções, baseou-se no improviso e na confiança de que o turista sempre volta, principalmente em Guarapari, por ser um destino mais barato e popular. O que mais se reclama é da falta de profissionalização, da ausência de uma cadeia organizada. Mas, aparentemente, é uma percepção que está mudando.
O Espírito Santo ficou em quarto lugar em um ranking da Booking, um dos maiores sites de reservas de hotéis do mundo, dos Estados mais acolhedores do Brasil. Ficou atrás apenas de Santa Catarina (1º); Rio Grande do Sul (2°); Rio de Janeiro (3º). A avaliação anual se baseia em mais de 360 milhões de avaliações de clientes verificados do site. Uma posição que começa a desmontar o senso comum de que o capixaba não sabe receber o turista.
Cidades se tornam potências turísticas quando proporcionam boas experiências, que serão guardadas na memória e vão semear a vontade de voltar ou de indicar para amigos.
O turismo já está elencado como prioridade estadual, diante dos reveses econômicos da reforma tributária. É com mais visitantes que o Espírito Santo vai conseguir aumentar seu mercado consumidor e reduzir os impactos de arrecadação. Mas para tanto é preciso se posicionar nacionalmente como um destino que proporciona as melhores experiências a quem o visita, e isso exige empenho de governo e prefeituras. Potencial nós já temos, queremos agora é ser potência.
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