Quem acompanhou o Bom Dia ES, da TV Gazeta, na última sexta-feira (21) viu o repórter Kaique Dias entrando ao vivo diretamente de Itaúnas, no Norte do Estado, para mostrar o Festival Nacional Forró, em sua 21ª edição. Já eram mais de 8h da manhã, e a festa seguia incessantemente, com visitantes de todo o país (principalmente São Paulo, Minas e Bahia, mas também estrangeiros). Um festival que durou uma semana e provou seu sucesso, ancorado na relação de Itaúnas com o forró pé de serra que vem desde os anos 90.
As imagens de jovens dançando até de manhã confirmam o potencial do Espírito Santo para o turismo. Principalmente, apontam para a diversidade, com capacidade de atrair os mais diversos públicos e bolsos. O que falta é investimento mais organizado em infraestrutura, inclusive na melhoria da rede hoteleira, ainda com escassez de hotéis de alto padrão.
Da praia às montanhas, dos eventos e negócios ao agroturismo, houve evolução nos últimos anos, mas lenta e ainda aquém do que já poderia estar sendo oferecido no cardápio ao turista. O turismo no Espírito Santo ainda não está embalado para ser vendido como um produto, nem mesmo internamente.
Mesmo assim, houve crescimento no primeiro semestre deste ano de 3,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
O turismo, como já foi dito neste espaço, depende de investimentos privados, estimulados pelo poder público, com diferentes atribuições nas esferas federal, estadual e municipal. Ninguém faz nada sozinho. O governo estadual, diante das perdas previstas com a reforma tributária, começa a depositar suas fichas no setor, espera-se que de maneira organizada, para mudar a síndrome de patinho feio de um Estado com tantas belezas naturais e erguidas pelo homem.
A concessão do Pavilhão de Carapina, na Serra, à iniciativa privada é um importante passo para o turismo de negócios e eventos na Grande Vitória. Como sublinhou Abdo Filho em sua coluna, o Espírito Santo é privilegiado: "está a até 1h30, de avião, dos grandes centros do país. Um prato cheio para a indústria de eventos".
O Espírito Santo precisa criar uma cultura do turismo, que faça as pessoas terem boas experiências que garantam o boca a boca e o desejo de voltar. Trata-se de uma economia limpa se encarada de forma sustentável, sem a degradação do meio ambiente que, se for destruído, deixará de atrair o visitante. O turismo depende desse cuidado.
LEIA MAIS EDITORIAIS
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.