O século 21 é regido pela urgência, o tempo escorre pelas mãos. Quase tudo é efêmero, surge e desaparece, sem piedade. Nesse contexto, o aniversário de 95 anos de A Gazeta é um ponto fora da curva a mostrar que tradição não se abandona. E modernidade se encara.
A Gazeta nasceu em 1928 e ainda assim consegue ter a vitalidade dos novos tempos. Mudou quando teve que mudar. Acompanhou as transformações da sociedade. Mas manteve a sua essência.
Em seu primeiro editorial, em 11 de setembro de 1928, A Gazeta expunha em seus propósitos um jornalismo que já nascia moderno.
Alguns trechos mostram o quanto essa primeira carta de intenções permaneceu por quase um século no DNA dos veículos da Rede Gazeta, como um compromisso firmado com a sociedade capixaba:
Como no jornalismo praticado hoje, o espírito colaborativo já se fazia presente em 1928. Em 2023, o leitor se transfigurou em uma audiência que consome reportagens em texto, vídeo, podcasts, de uma forma mais atuante e empoderada. Os avanços tecnológicos foram fundamentais para essa transformação, mas desde sempre houve espaço para essa participação da sociedade. A Gazeta estava aberta à participação do público, e assim permanece. A defesa da democracia, expressa na "deferência aos depositários do poder, como representantes da vontade das maiorias populares", também é um valor indissociável e perene desse jornalismo.
No contexto da época, a defesa da imprensa livre e independente já tremulava como bandeira deste jornal. Defesa que segue inabalável, 95 anos depois.
A pluralidade e a diversidade, dadas as devidas proporções da sociedade da época, também tinham ressalto em 1928. Em 2023, permanece fortalecida a convicção de que diferentes pontos de vista são o maior obstáculo para um jornalismo monocórdio e franzino, incapaz de transformar a realidade. Em pleno século 21, A Gazeta se faz diariamente com as diferentes vozes da sociedade.
Acima, uma defesa da livre iniciativa e do empreendedorismo, valores caros ao jornalismo de A Gazeta até hoje. Ao mesmo tempo, a consciência que também permanece das responsabilidades do poder público, que deve atender às demandas da população, pagadora de impostos. E a sempre importante distinção entre o público e o privado está também explícita.
A Gazeta era um jornal recém-nascido ao estabelecer esses propósitos. Hoje, aos 95 anos, carrega a experiência compatível com essa idade, mas segue em constante renovação, sem medo de inovar. Dosando tradição e modernidade. Ao longo desses 95 anos, a Rede Gazeta se firmou como uma empresa que soube fazer escolhas estratégicas para fortalecer seu jornalismo, da inauguração da TV Gazeta nos anos 1970 à transformação digital da década passada. Estagnar nunca foi uma opção.
E cá estamos, conectados com o nosso tempo e preparados para os que virão como naquela estreia de 1928. Um jornal feito por pessoas para as pessoas.
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