Vacina bivalente contra a Covid: a hora está chegando

É importante o engajamento dos familiares para garantir essa nova camada de proteção para aqueles que podem desenvolver formas mais graves da doença

Publicado em 06/02/2023 às 00h30
Idosos
Vacinação de idoso em 2021 no Espírito Santo. Crédito: Prefeitura de Cachoeiro/Márcia Leal

Em janeiro de 2021, uma enfermeira de São Paulo materializou a esperança de proteção contra a Covid-19 ao se tornar a primeira pessoa imunizada em território brasileiro. Mas se ao longo daquele ano correr para se vacinar virou uma prioridade de grande parte da população, que se mobilizava a cada agendamento, a mesma empolgação não foi vista em 2022, resultando em queda da cobertura vacinal.

A realidade é que, na maioria dos casos, essa desmobilização do ano passado nem se tratou de negacionismo (embora também relevante), mas de um relaxamento. A pandemia arrefeceu a ponto de as relações sociais estarem normalizadas. As novas ondas são encaradas de forma mais naturalizada, com o uso voluntário de máscaras em casos de sintomas gripais ou ambientes de risco. A vida praticamente voltou ao que era antes de 2020, mas é preciso lembrar que foram justamente as vacinas que garantiram essa proteção.

E vale sempre reforçar que muita gente ainda morre de Covid, sobretudo não vacinados, idosos e pessoas imunossuprimidas. Na última quinta-feira (2), a média móvel de mortes nacional ficou abaixo de 100, mas nesta última onda, apesar de problemas na divulgação de dados por parte de Estados e do próprio governo federal, ela esteve acima desse patamar.

É por essa razão que o Ministério da Saúde estabeleceu o reforço com a vacina bivalente aos grupos mais vulneráveis, como idosos e pacientes imunocomprometidos, a partir de 27 de fevereiro. É importante o engajamento dos familiares para garantir essa nova camada de proteção para aqueles que podem desenvolver formas mais graves da doença. O Programa Nacional de Imunização em 2023 precisa ter visibilidade, ganhar as redes de TV e rádio e, principalmente, se espalhar pela internet para ter resultados.

Quanto aos jovens com mais de 12 anos e ao público adulto, o Ministério da Saúde, de acordo com as informações científicas, não há benefício de ganho de eficácia comprovada com o reforço bivalente. Quem está com as quatro doses, portanto, até o momento não tem previsão de mais uma. Mas, a partir de março, o PNI terá como foco as pessoas desses grupos que estão com as doses em atraso.

Na sexta-feira (3), foi divulgado que uma pesquisa realizada em Hong Kong com mais de 164 mil participantes apontou que a vacina da Pfizer e a Coronavac garantem proteção contra a hospitalização até seis meses após a aplicação.

A boa organização da vacinação no país será essencial para o controle dos casos, para garantir proteção contra formas mais graves de Covid e contra mortes até mesmo com o aparecimento de novas variantes. Os países que utilizaram a bivalente passaram pela onda mais recente melhor que o Brasil.  Por isso, quem mais precisa se proteger não pode deixar de se vacinar.

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