No dia 17 de janeiro de 2021, o Brasil inteiro respirou aliviado com Mônica. No dia seguinte, foi a vez de o Espírito Santo celebrar o momento histórico com Iolanda. A enfermeira Mônica Calazans e a técnica de enfermagem Iolanda Brito, como diz o meme popular nas redes sociais, correram para que uma nação inteira pudesse caminhar com o braço vacinado contra a Covid-19. Paulo, Maria, Joana, Felipe, João, Marcelo, Elizabeth: todos os nomes possíveis, dos mais comuns aos exóticos, incluindo agora até mesmo os das crianças de 5 a 11 anos, estão gravados em carteiras de vacinação por todo o país.
Um ano se passou, um ano no qual a vacinação foi protagonista. Se 2020 foi o ano do medo, 2021 foi o da esperança. Esperança que invadiu também 2022. E isso se deve às vacinas. Até o momento, se a Ômicron tem provocado menos mortes e internações, apesar de sua virulência, isso se deve às vacinas. Se está sendo possível levar uma vida mais próxima da normalidade, com cuidados ainda fundamentais, adotando máscaras e evitando aglomerações, isso se deve às vacinas. Afinal, a própria vida como a conhecemos hoje, longeva e com qualidade, também se deve às vacinas. Todas elas.
A imunização infantil, um ano depois, é um presente. Um pouco atrasado, é verdade, não houvesse no Brasil um governo que insiste em politizar a saúde pública. Como se vidas fossem banais. A consulta pública sobre a exigência de prescrição médica para a vacinação das crianças, um artifício demagógico do Ministério da Saúde, serviu para confirmar que os pais tinham pressa, queriam a vacina o quanto antes.
Pesquisa Datafolha segue a mesma linha, ao apontar que 79% dos brasileiros são a favor da vacinação das crianças de 5 a 11 anos. E, por todo o país, as imagens da vacinação dos pequenos durante o fim de semana mostraram que o encontro com a vacina foi uma verdadeira festa.
Se as crianças já estão recebendo a Pfizer aprovada em dezembro pela Anvisa, um estudo do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), já começa a verificar a eficácia e a segurança da Coronavac no público de 3 a 17 anos. O Projeto Curumim é importante para a busca de mais um imunizante seguro a ser usado pelos mais jovens.
Um ano depois que as precursoras profissionais de saúde inauguraram o caminho para a vacinação em massa dos brasileiros, com quase 70% da população atualmente com as duas doses, os desafios não cessam. Não é uma questão nem só relacionada à dose de reforço, imprescindível obstáculo para a Ômicron, mas de preparação para o que está por vir.
A imunização contra a Covid-19, ao que tudo indica, será uma rotina com a qual teremos que nos acostumar por algum tempo. A ciência ainda não tem as respostas exatas, mas já indica caminhos. As possíveis novas doses devem ser recebidas com a mesma empolgação da primeira, sem dar ouvidos a teorias conspiratórias. E o Brasil, mesmo tendo um presidente que diz não ter se vacinado, precisa garantir que essas vacinas continuem chegando. Cada encontro com a vacina é como se fosse a primeira vez.
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