Cada pessoa, família ou grupo de amigos que decide passar o dia na praia está ali por razões diferentes: uns quererem relaxar, outros estão ali para confraternizar, vários praticam esportes... mas entra verão, sai verão, há um choque entre esses interesses e a convivência nesse ambiente de lazer que é considerado um dos mais democráticos nem sempre é saudável. Principalmente quando os limites são ultrapassados.
A estação mais quente do ano começa nesta sexta-feira (22) e, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a previsão em todo o país é de temperaturas acima da média e tempo seco. Praia lotada será, então, inevitável. Se não houver o mínimo de bom senso entre os frequentadores, a temperatura tende a subir e os conflitos aparecem.
O problema é que muita gente confunde as coisas: a praia é um espaço público, mas isso não é razão para se fazer o que bem entende. Quem determina o que pode ou não ser feito nesses locais são as prefeituras.
Música alta é uma prática que sempre divide opiniões, principalmente depois que as praias foram tomadas pelas caixinhas portáteis. No Sul do Estado, por exemplo, Marataízes é uma das cidades que proíbe esses aparelhos e carros de som nas praias. Anchieta tem inclusive uma multa de R$ 1.950, além da apreensão do equipamento, para quem desrespeitar a regra que proíbe som alto nas praias. Já em Vila Velha, por outro lado, há permissão dentro do limite de 50 decibéis.
Cada prefeitura também estabelece as regras para os vendedores ambulantes, a presença de animais de estimação na areia, a prática de esportes como frescobol ou a famosa "altinha". Assim como o uso de churrasqueira na orla. A Serra, por exemplo, no verão do ano passado permitia o churrasco afastado de áreas de restinga e com a devida limpeza do local. Já em Vila Velha, não há essa possibilidade.
Mas o segredo da boa convivência é o respeito entre os frequentadores, para não transformar um ambiente que deveria ser de lazer e descontração em um suplício para todas as pessoas ao redor. As regras determinadas pelas administrações municipais devem ser cumpridas por todos, mas as fiscalizações acabam sendo ineficientes. O bom senso de cada um é o que pode fazer a diferença para um verão no qual todos possam se divertir, sem invadir os limites dos outros.
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