A sigla ZPE ainda diz muito pouco para os capixabas, mas promete em breve fazer parte do vocabulário econômico pelo seu potencial de atração industrial e de criação de empregos. Consequentemente, de geração de riquezas para o Espírito Santo.
É por essa razão que a autorização da primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) privada do país, a ser instalada em uma área de 5 milhões de m², ao lado do porto que a Imetame está construindo em Barra do Riacho, em Aracruz, está sendo tão festejada. Uma notícia que chega em um momento oportuno, quando o Espírito Santo começa a traçar novas rotas para superar as perdas que deve sofrer com a reforma tributária.
A Lei nº 14.184, de 14 de julho de 2021, foi a normativa que autorizou a iniciativa privada a criar ZPEs, e a Imetame enxergou a oportunidade. A ZPE desembarca em uma região com potencial logístico não somente pelo porto que deve ser inaugurado em 2025, mas por estar bem próxima de Portocel, do Estaleiro Jurong e de uma área que a Vports (antiga Codesa) possui no local. Além disso, Aracruz, faz parte, desde o final de 2021, da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Estímulos que têm tudo para atrair investimentos. Uma janela de oportunidades.
A ZPE é privada, e como uma área de livre comércio exterior, abre o caminho para a instalação de um polo industrial atraído pelas facilidades aduaneiras e burocráticas, além de prestação de serviços ligada à atividade exportadora. O poder público precisa ter um olhar estratégico para Aracruz, sobretudo no que diz respeito à modernização rodoviária e ferroviária, para aproveitar todo esse potencial criado com a instalação da ZPE no município.
O Espírito Santo precisa superar a falta de diversificação econômica, e o fim da guerra fiscal promovido pela reforma tributária vai exigir um Estado mais competitivo, mas isso não chega sem trabalho e investimento. É melhorar a infraestrutura, é qualificar o mercado de trabalho. A ZPE de Aracruz é aquele tipo de novidade que chega na hora certa e precisa ser valorizada, com os setores público e privado de mãos dadas.
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