Com a combinação de décadas de poluição e desmatamento, o aquecimento global virou realidade. Daí a importância do reflorestamento para a agricultura, a pecuária e o equilíbrio ambiental. O Espírito Santo aderiu, em 2021, às campanhas “Race to Zero” (Corrida para o Zero) e “Race to Resilience” (Corrida para a Resiliência), da Organização das Nações Unidas (ONU), visando à redução de emissões de gases de efeito estufa e à resiliência climática. O Estado quer, até 2050, neutralizar as emissões de gás carbônico.
Para atingir esse objetivo, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fabricio Machado, cita iniciativas como o Programa Reflorestar e os incentivos para a energia renovável.
“Estamos atualizando o inventário de gases de efeito estufa e vamos entregar, em 2022, o Plano Estadual de Mudanças Climáticas, que vai estabelecer as diretrizes para a indústria e agricultura de baixo carbono”, afirma. “Um dos principais desafios é fazer essa transição, ou seja, incentivar energias renováveis, solar, eólica e biomassa”.
Como forma de serem mais sustentáveis, propriedades rurais têm buscado a instalação de usinas de energia solar por meio de placas fotovoltaicas. Segundo o sócio e projetista da VP Solar, Pedro Henrique Lopes, a procura tem sido grande, principalmente por ser um investimento com retorno garantido.
A satisfação do cliente tem sido garantida, afirma o sócio-proprietário da VP Solar, Vinícius Allazio. “Principalmente por ser zona rural e ocorrer a isenção de algumas taxas, como a taxa de iluminação pública, podendo a fatura de energia vir só com o valor mínimo, que é a taxa de disponibilidade. A preferência deles, se o objetivo for aumentar a produção de energia solar, é instalar na propriedade por conta da condição facilitada de aprovação do projeto, o que torna mais fácil e rápido para solicitar a ampliação”, diz.
Grandes indústrias e empresas estão desenvolvendo ações e programas para neutralização do carbono. O Grupo ArcelorMittal segue a meta global de 25% de redução das emissões de CO2 para 2030 e de neutralidade até 2050.
Na Suzano, faz parte das metas reduzir em 15%, até 2025, as emissões de gases de efeito estufa por cada tonelada de produção. “Sendo uma empresa de base florestal, a Suzano tem importante papel no sequestro de carbono na atmosfera. Além de compensar as emissões de gases do efeito estufa próprios, a companhia remove mais gases do que emite.”
Já a Vale tem plano para investir de US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões na redução de emissões de carbono. A companhia espera capturar 26 mil toneladas de CO2 equivalente por ano com a recuperação de 6 mil hectares de floresta em dois anos e segue o desafio de zerar suas emissões líquidas de carbono até 2050.
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