O combate ao incêndio no Parque Estadual Paulo César Vinha, em Guarapari, chegou ao 22º dia nesta sexta-feira (14). O fogo atingiu a vegetação na manhã do dia 22 de setembro. Desde então, equipes do Corpo de Bombeiros e do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) estão no local tentando apagar o fogo. O incêndio é considerado controlado, mas segue afetando sobretudo a área de turfa.
De acordo com o Iema, é justamente a área de turfa que segue emitindo fumaça em algumas áreas, como mostram as imagens aéreas feitas nesta sexta (14). O calor e o vento dos últimos dias prejudicaram o combate ao fogo, segundo o órgão estadual.
A cena da destruição causada pelo incêndio no Parque Estadual Paulo César Vinha, em Guarapari, mostrada em imagens também é vista nos números: 40% dos 15 km² do local foram consumidos pelas chamas. A estimativa inicial é de que a área consumida seja de 600 hectares (6 km²) – equivalente a 600 campos de futebol, segundo o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).
A estimativa inicial divulgada pelo Iema é de que quase a metade do parque foi tomada pelas chamas. É como se coubessem 1.500 campos de futebol profissional dentro do Parque Estadual Paulo César Vinha e, em poucos dias de incêndio, 600 campos foram queimados, restando uma área equivalente a 900 campos (9 km²).
O fogo está controlado desde o dia 23 de setembro. O status, no entanto, não significa que as chamas não sejam mais vistas.
CASOS DE INCÊNDIO EM 2022 SUPERAM 2021, SEGUNDO DADOS
O Espírito Santo registrou 1.864 casos de incêndio em vegetações, de janeiro a julho deste ano. Comparado com o mesmo período do ano passado, quando houve 1.729 casos, o aumento é de 7%, de acordo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).
Entre as causas para esse crescimento nas queimadas, segundo especialistas, estão o tempo seco, provocado pela falta de chuvas nesta época do ano, e a velocidade dos ventos. Com base no Mapa Monitor de Secas, a partir de julho houve a intensificação da seca no Estado, que passou de fraca para moderada no Centro e na parte Sul capixaba, em função dos indicadores climáticos. O monitoramento é feito pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
A explicação para o aumento das queimadas neste período, segundo o coordenador de Meteorologia do Incaper, Hugo Ramos, é que estamos em uma época do ano com meses menos chuvosos e de baixa umidade relativa do ar.
Este vídeo pode te interessar
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.