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Analfabetismo cai, mas ainda há 173 mil no ES que não sabem ler ou escrever

Analfabetismo cai, mas ainda há 173 mil no ES que não sabem ler ou escrever

Resultados apontam que a taxa de alfabetização no Estado ficou em 94,4% em 2022 e a de analfabetismo, em 5,6%

Publicado em 17 de maio de 2024 às 18:17

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IBGE divulga dados de analfabetismo
De 1991 a 2022, houve aumento de 12,4 pontos percentuais no índice de alfabetização no Estado. (André Borges/ Agência Brasil)

Censo Demográfico de 2022 apontou que, no Espírito Santo, 173,8 mil pessoas com 15 anos ou mais não sabiam ler ou escrever um bilhete simples. Outras 2,9 milhões sabiam ler e escrever. Os resultados do Censo Demográfico apontam que a taxa de alfabetização foi 94,4% em 2022 e, consequentemente, a de analfabetismo ficou em 5,6%.

Ao comparar com as outras unidades da federação, a taxa de alfabetização do Espírito Santo é a nona maior do país. Santa Catarina apresentou o maior índice (97,3%), enquanto Alagoas, o menor (82,3%).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), observa-se uma tendência de aumento da taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade ao longo dos Censos Demográficos de 1991 a 2022.

Em 1991, 82% da população era alfabetizada. Em 2000, esse percentual aumentou para 88,3%, um crescimento de 6,3 pontos percentuais. Já em 2010, a taxa de alfabetização ficou em 91,9% e, em 2022, o Estado atingiu um percentual 94,4%. Entre 1991 e 2022, houve um aumento de 12,4 pontos percentuais no índice de alfabetização.

Ainda segundo o IBGE, mesmo que gerações mais novas apresentem percentuais maiores de pessoas alfabetizadas em média, é possível verificar que a expansão educacional não beneficiou todos os grupos populacionais no mesmo ritmo.

Em 2022, a taxa de analfabetismo de pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade era de 4,3% e de 3,5%, respectivamente, enquanto de pretos, pardos e indígenas com 15 anos ou mais de idade era de 8,2%, 6% e 9,3%, respectivamente.

Na desagregação por sexo, em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era 94,3%, enquanto o de homens ficava em 94,5% no Espírito Santo.

A comparação dos resultados de 2000 com os de 2010 e 2022 indica que a queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias, refletindo, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início da década de 1990, bem como a transição demográfica que substituiu gerações mais antigas e menos escolarizadas por gerações mais novas e mais instruídas.

Em 2022, os grupos mais jovens (de 15 a 19 anos, 20 a 24 anos e 25 a 29 anos) atingiram a menor taxa de analfabetismo (todos com 1,1%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu aquele com a maior taxa de analfabetismo (19,5%).

A maior queda em pontos percentuais ao longo dos últimos três censos demográficos ocorreu na faixa etária entre pessoas com 60 a 64 anos de idade ou mais, passando de 31,7% em 2000, para 20,2% em 2010 e 10,3% em 2022, totalizando uma redução de 21,4 pontos percentuais entre 2000 e 2022.

“Esse comportamento reflete, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 90, e a transição demográfica, que substituiu gerações mais antigas e menos educados por gerações mais novas e mais educadas”, explica Betina Fresneda, analista da pesquisa.

Vitória tem mais alfabetizados

Entre os municípios do Espírito Santo, em 2022, as maiores taxa de alfabetização foram registradas em Vitória, com 97,8%, e em Vila Velha, com 97,4%, e as menores, em Mucurici, com 85%, e em Água Doce do Norte, com 85,3%.

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