O Censo Demográfico de 2022 apontou que, no Espírito Santo, 173,8 mil pessoas com 15 anos ou mais não sabiam ler ou escrever um bilhete simples. Outras 2,9 milhões sabiam ler e escrever. Os resultados do Censo Demográfico apontam que a taxa de alfabetização foi 94,4% em 2022 e, consequentemente, a de analfabetismo ficou em 5,6%.
Ao comparar com as outras unidades da federação, a taxa de alfabetização do Espírito Santo é a nona maior do país. Santa Catarina apresentou o maior índice (97,3%), enquanto Alagoas, o menor (82,3%).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), observa-se uma tendência de aumento da taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade ao longo dos Censos Demográficos de 1991 a 2022.
Em 1991, 82% da população era alfabetizada. Em 2000, esse percentual aumentou para 88,3%, um crescimento de 6,3 pontos percentuais. Já em 2010, a taxa de alfabetização ficou em 91,9% e, em 2022, o Estado atingiu um percentual 94,4%. Entre 1991 e 2022, houve um aumento de 12,4 pontos percentuais no índice de alfabetização.
Ainda segundo o IBGE, mesmo que gerações mais novas apresentem percentuais maiores de pessoas alfabetizadas em média, é possível verificar que a expansão educacional não beneficiou todos os grupos populacionais no mesmo ritmo.
Em 2022, a taxa de analfabetismo de pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade era de 4,3% e de 3,5%, respectivamente, enquanto de pretos, pardos e indígenas com 15 anos ou mais de idade era de 8,2%, 6% e 9,3%, respectivamente.
Na desagregação por sexo, em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era 94,3%, enquanto o de homens ficava em 94,5% no Espírito Santo.
A comparação dos resultados de 2000 com os de 2010 e 2022 indica que a queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias, refletindo, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início da década de 1990, bem como a transição demográfica que substituiu gerações mais antigas e menos escolarizadas por gerações mais novas e mais instruídas.
Em 2022, os grupos mais jovens (de 15 a 19 anos, 20 a 24 anos e 25 a 29 anos) atingiram a menor taxa de analfabetismo (todos com 1,1%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu aquele com a maior taxa de analfabetismo (19,5%).
A maior queda em pontos percentuais ao longo dos últimos três censos demográficos ocorreu na faixa etária entre pessoas com 60 a 64 anos de idade ou mais, passando de 31,7% em 2000, para 20,2% em 2010 e 10,3% em 2022, totalizando uma redução de 21,4 pontos percentuais entre 2000 e 2022.
“Esse comportamento reflete, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 90, e a transição demográfica, que substituiu gerações mais antigas e menos educados por gerações mais novas e mais educadas”, explica Betina Fresneda, analista da pesquisa.
Entre os municípios do Espírito Santo, em 2022, as maiores taxa de alfabetização foram registradas em Vitória, com 97,8%, e em Vila Velha, com 97,4%, e as menores, em Mucurici, com 85%, e em Água Doce do Norte, com 85,3%.
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