Uma semana após o início do incêndio no Parque Estadual Paulo César Vinha, cuja entrada fica em Guarapari e que também ocupa área de Vila Velha, o fogo segue destruindo a unidade de conservação e colocando em risco a biodiversidade, inclusive a vida animal. O cenário é de tristeza para quem luta ou pelo menos tenta impedir que o fogo avance ainda mais. Na última segunda-feira (26), o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) estimou que 40% da área pode ter sido devastada, o equivalente a 6 km².
A reportagem de A Gazeta voltou ao local e viu o que foi apontado nos números: quilômetros quadrados de área queimada desde a quinta-feira da semana passada, dia 22 de setembro, quando as chamas começaram. A região tomada pelo fogo se contrapõe ao verde das árvores mais altas, que estão preservadas, como mostram as imagens do repórter fotográfico Vitor Jubini.
600 hectares
É a parte consumida pelo fogo em poucos dias. O Parque Paulo César Vinha tem extensão de 1.500 hectares, no total
O fogo está controlado desde a última sexta-feira (23). O status, no entanto, não significa que as chamas não sejam mais vistas. A expectativa, uma semana depois do início da destruição, é que a equipe do Corpo de Bombeiros seja reforçada e fique três vezes maior no Parque Estadual Paulo César Vinha.
Ao menos 10 caminhões estão no local nesta quinta-feira (29): quatro do Corpo de Bombeiros e outros seis abastecidos com água, cedidos por outros órgãos. Segundo o tenente Aguiar, dos Bombeiros, que acompanha o trabalho diário, a equipe passou de 12 para quase 40 militares da corporação.
Tenente Aguiar
Corpo de Bombeiros
"O trabalho consiste no uso de bastante água para atacar diversos pontos. É uma vegetação muito fechada, de difícil acesso e com pontos distantes. Por mais que a gente jogue água, a área demora para perder a alta temperatura. O trabalho é difícil, mas estamos conseguindo avançar a cada dia"
Conforme o coordenador do Programa Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevines), Marcelo Nascimento, o efetivo do Iema também aumentou nesta quinta-feira (29). São oito frentes de trabalho, cinco a mais do que no dia anterior.
"O efetivo aumentou, automaticamente tem mais gente para trabalhar nas oito frentes de trabalho. Fizemos monitoramento com drone às 6h, dividimos as equipes e começamos mais um dia de trabalho que não tem hora para acabar", comenta.
INCÊNDIO PODE TER DESTRUÍDO 40% DO PARQUE PAULO CÉSAR VINHA
A estimativa inicial é de que a área consumida seja de 600 hectares (6 km²) – equivalente a 600 campos de futebol, segundo o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Em entrevista à TV Gazeta na segunda-feira (26), o gerente do Iema, Rodolpho Torezani, afirmou que a medição oficial será feita durante a semana com o auxílio de um drone, que vai captar imagens do alto.
Rodolpho Torezani citou a resistência da área alagada do local, que pode se recuperar, dependendo da chuva, em até seis meses. A destruição do parque, porém, é grande a ponto de não haver um tempo previsto para a recuperação total.
Em até 40 dias, o Corpo de Bombeiros deve apontar a causa do incêndio que consome área do Parque Estadual Paulo César Vinha até esta quinta-feira (29).
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