Após o governo de São Paulo afirmar que Estados e municípios devem ser priorizados para a compra de 54 milhões de doses da Coronavac, o governador Renato Casagrande (PSB) foi às redes sociais para contar que já comunicou o interesse do Espírito Santo em adquirir parte das vacinas contra a Covid-19.
"O Instituto Butantan afirmou que se o governo federal não confirmar a aquisição das 54 milhões de doses a mais que irão produzir da Coronavac, poderão disponibilizar aos estados interessados. Já afirmei ao governo de SP nosso interesse em adquirir parte das vacinas", disse Casagrande no Twitter.
Na última quarta-feira (27), o governo de São Paulo chegou a dizer que vai exportar doses extras da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, caso o governo Jair Bolsonaro (sem partido) não manifeste interesse pela compra. O Butantan tem um contrato para vender 46 milhões de doses ao governo federal, mas com a possibilidade da aquisição de outras 54 milhões de doses extras.
No final da tarde desta quinta-feira (29), o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), afirmou no Twitter que Estados e municípios brasileiros têm prioridade nessa compra caso o governo federal não confirme a aquisição.
"Caso o Ministério da Saúde não confirme a compra das 54 milhões de doses adicionais da vacina do Butantan, determinei ao Instituto que forneça estas vacinas prioritariamente aos Estados e Municípios do Brasil. O País tem pressa em salvar vidas. E nós em vacinarmos os brasileiros", escreveu Dória.
Casagrande afirma que o Estado vai manter negociação com outros laboratórios para a compra de mais doses. Segundo o governador, o objetivo é usar essas doses complementares para adiantar a imunização contra a Covid-19 de idosos, professores e profissionais da segurança pública, como policiais militares, policiais civis e bombeiros.
"Não temos ainda nenhum fornecedor garantido, mas estamos prospectando aqui com o tempo conseguiremos comprar alguma coisa. Estamos em contato com todos os laboratórios, mas todos estão ainda em um processo de discussão com o governo federal. A hora que eles concluírem essa avaliação com o governo federal, talvez eles poderão disponibilizar as vacinas para a compra dos Estados. (Essas vacinas) seriam usadas para a gente adiantar a vacinação, por exemplo, de idosos, professores e profissionais da segurança", explicou Casagrande à reportagem de A Gazeta na última segunda-feira (25).
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