Fim do pronunciamento
Depois de quase 20 minutos de pronunciamento, o governador Renato Casagrande encerrou a transmissão ao vivo desta quarta-feira (18).
"Se não seguirmos os protocolos, não controlamos a doença", diz Casagrande
"É um processo, de fato, de convivência. E temos que seguir os protocolos. Se a gente não seguir os protocolos, nós não teremos condições de controlar a doença. Eu vejo muitas aglomerações. Às vezes as pessoas não se preocupam muito porque são jovens, mas a doença não escolhe. Às vezes a pessoa jovem é muito vulnerável e aquela que tem resistência pode passar para pessoas de mais idade da família e amigos", ressaltou Casagrande.
Medidas para ambientes de menos controle devem aumentar
"Achamos que poderemos ter uma menor restrição nesta fase. Se a situação for se agravando, vamos ampliando as medidas qualificadas. Vamos ter uma menor restrição para os ambientes que tem controle e aumentar para os que têm menos controle, onde as pessoas não usam máscara e aglomeram. E vamos pedir a colaboração de todo mundo", disse.
Medidas para "ambientes controlados" vão mudar
"Nesse tempo, nós aprendemos a conviver com a pandemia. Nós gestores e profissionais de saúde, especialmente. As medidas que estão enquadradas com o risco baixo, moderado e alto. Essa é a nossa bússola. O mapa muda na segunda-feira (23). Nos locais que a gente tem o ambiente controlado, como o comércio, que o gerente disponibiliza máscara e álcool em gel, sabe que não pode ter mais de tantas pessoas e que controla isso, esses ambientes não precisamos ter tantas restrições. Por isso que nós, na sexta-feira (20), iremos apresentar novas medidas qualificadas no enquadramento das classificações de risco", adiantou Casagrande.
Casagrande: "Verão precisa ser diferente"
"Vamos enfrentar um verão que precisa ser diferente dos outros. Porque normalmente é uma época de aglomeração maior, de interação maior. Precisamos continuar com os cuidados. Nós sabemos que é possível mudar as medidas qualificadas. Sabemos o que é possível ou não controlar. A nossa diretriz é a matriz de risco e o mapa de risco, que leva em conta o número de infectados ativos, de testes feitos e a média de óbitos. Na vulnerabilidade, o número de leitos UTI ocupados. Passou de 90% é risco extremo", afirmou o governador.
"Talvez 2021 seja todo vacinando a população", adianta Casagrande
"A polêmica da vacina no Brasil não nos permite dizer quando a vacina vai chegar. Porque todos os temas da pandemia foram politizados. É bom que a gente compreenda que a gente não sabe quando vamos ter vacina e se a gente tiver, não será para todos ao mesmo tempo. É importante que a gente compreenda que a gente talvez passe 2021 todo vacinando a população. Vamos conviver muito tempo com a pandemia", adiantou Casagrande.
Governador do ES: "Isolamento é para pessoas de risco"
"Então, o que nós estamos pedindo hoje é que a gente continue com os cuidados. Não com o isolamento. O isolamento é para pessoas de risco. Mas do uso de máscara, da higienização, do distanciamento, da não aglomeração. Esse é o único caminho que temos agora. A vacina não chegou ainda", pediu Casagrande.
"Nós achamos que essa ainda é a primeira onda", diz Casagrande
"Nós não estamos vivendo uma segunda onda aqui. Nós achamos que essa ainda é a primeira onda, porque nós não zeramos os casos e nem os óbitos. Eu espero que a gente consiga, com a colaboração de todos, controlar a doença. Mas é bom que registre que, nos últimos meses, a interação entre as pessoas aumentou", disse o governador.
Casagrande ressalta importância de não ter investido em hospitais de campanha
"Foi importante termos investido na estrutura própria do Espírito Santo e não contratado hospital de campanha, porque nós temos esses leitos agora. Isso nos dá uma certa segurança para que a gente consiga atender a todos os capixabas", defendeu Casagrande.
"É um sinal de alerta para nós", afirma governador sobre aumento de mortes
"Infelizmente nós estabilizamos os óbitos. Paramos de cair os óbitos. Só para ter uma ideia, óbitos nos últimos 7 dias: de 10,71. Em 14 dias: 11,29 óbitos. No auge da pandemia chegamos a 40 óbitos aproximadamente em 14 dias. Mas nós já chegamos a oito. Não tivemos um crescimento de óbitos grande, mas qualquer pessoa que perde a vida nos preocupa muito. Como deixamos de cair os óbitos, é um sinal de alerta para nós", disse.
Combinação com outras internações gerou pressão no sistema de saúde
"Nós não tínhamos problemas respiratórios em crianças, não tínhamos traumas de trânsito. Eram menores. Isso promove uma ocupação de leitos, mesmo que nós não tenhamos uma demanda grande de Covid-19. Mas, hoje, junto com outras enfermidades, já que voltamos a fazer cirurgias eletivas e exames, torna a administração do setor de saúde mais complexa", explicou.
"Não pode ser comparado com a fase mais aguda da doença", diz Casagrande sobre aumento de casos
"Nós temos um volume de testes muito maior, mas, de qualquer maneira, estamos verificando um aumento do contágio, do número de infectados ativos. Não pode ser comparado com a fase mais aguda da doença, em maio, junho, julho. Hoje temos um aumento leve, mas um aumento. Isso pressionou um pouco o sistema de saúde. Chegamos a 48% de ocupação dos leitos potenciais. Hoje estamos em 46%. Se passa de 50%, a matriz de risco muda", afirmou o governador.
Reunião contou com vários representantes
"Participaram da reunião representantes da Defensoria Pública, do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa. Além de representantes de entidades do setor produtivo, da Igreja Católica e da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes). Fizemos uma abordagem para situar essas entidades. Faremos isso com certa frequência, de forma rotineira, porque é fundamental que os setores participem desse debate", explicou Casagrande.
Início do pronunciamento
Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande deu início ao pronunciamento desta quarta-feira (18), no qual falará sobre a reunião que teve mais cedo com entidades para discutir como enfrentar a pandemia do novo coronavírus, diante da alta de novos casos e de internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Estado.
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