Primeiro episódio traz detalhes sobre o sumiço de Araceli, que virou símbolo da luta contra o abuso sexual infantil
Primeiro episódio traz detalhes sobre o sumiço de Araceli, que virou símbolo da luta contra o abuso sexual infantil. Crédito: Fernando Madeira/ Farley Sil/ Geraldo Neto

Caso Araceli: assista aos quatro episódios da websérie

Em 18 de maio de 1973, Araceli sumiu nas ruas de Vitória logo após sair do colégio. Websérie conta a história da infância da menina, que virou símbolo da luta contra a violência sexual

Tempo de leitura: 2min
Vitória
Publicado em 18/05/2023 às 13h37
Atualizado em 19/05/2024 às 09h00

Araceli Cabrera Crespo, no dia 18 de maio de 1973, desapareceu nas ruas de Vitória, logo após deixar a escola em que estudava, na Praia do Suá. Ela foi encontrada morta dias depois. Essa história que chocou o Espírito Santo e o Brasil foi contada em uma edição da websérie "Crimes Brutais", de A Gazeta. O documentário traz detalhes sobre o sumiço da menina de apenas 8 anos que virou símbolo da luta contra o abuso sexual infantil, dadas as circunstâncias de seu desaparecimento e morte, há 51 anos. 

Araceli era a caçula do espanhol Gabriel Crespo Sanchez e da boliviana Lola Cabrera Sanchez, que já estavam radicados no Brasil desde a década de 1950, quando se casaram no interior paulista. A menina nasceu em São Paulo, bem como seu irmão, Luiz Carlos Cabrera Crespo, mas a família se mudou para o Espírito Santo quando ela completou um ano, em meados de 1965, porque tinha problemas respiratórios e o médico recomendou que os pais buscassem uma cidade com melhor qualidade de vida. 

Eles escolheram Jaburuna, em Vila Velha, onde permaneceram por sete anos. No final de 1972, mudaram-se para o Bairro de Fátima, na Serra, que acabou se tornando o lugar para onde Araceli não voltou quando saiu da escola mais cedo, a pedido da mãe para não perder o ônibus. A casa ainda está lá, mantendo características da época, em uma rua que agora tem o nome da menina. 

Araceli teria sido vista no ponto de ônibus, no cruzamento das avenidas César Hilal e Ferreira Coelho, mas não embarcou. Quando o irmão mais velho chegou em casa desacompanhado, vindo de outra escola, os pais acreditaram, em um primeiro momento, que ela tivesse perdido o transporte e foram atrás da menina de carro, fazendo o trajeto da residência até a Praia do Suá. Mas Araceli nunca mais foi vista com vida. Seis dias depois, um corpo de criança foi localizado em um matagal atrás do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, na Praia do Canto, na Capital.

A crueldade da morte da menina fez com que a data do desaparecimento, 18 de maio, virasse o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Para lembrar dessa história, o documentário traz depoimentos de pessoas ligadas a Araceli e reportagens da época e de investigações que sucederam o desaparecimento. Em março de 2023, A Gazeta também publicou a primeira websérie "Crimes Brutais" sobre os 21 anos da morte do juiz Alexandre Martins de Castro Filho.

Atualização

18 de maio de 2024 às 15:18

Após publicação desta matéria, o texto passou por atualização em relação ao tempo do assassinato de Araceli, que completa 51 anos em 2024.

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