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Como escola integral tem melhorado desempenho de alunos da escola pública no ES

Como escola integral tem melhorado desempenho de alunos da escola pública no ES

Levantamento mostra que as escolas integrais apresentam taxas de abandono e reprovação até duas vezes menores em comparação com escolas regulares

Publicado em 18 de outubro de 2024 às 14:23

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O Espírito Santo conquistou as primeiras colocações do país no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 2023. No geral, ficou na segunda colocação e, ao considerar o ensino médio que funciona com o ensino profissionalizante, alcançou o primeiro lugar do país, empatado com Goiás.

Esse avanço é reflexo, entre outros fatores, do aumento do número de escolas em tempo integral nos últimos anos no Estado. Atualmente, são 184 escolas desse modelo — com carga horária de 7 horas ou de 9 horas e meia —, tendo ao menos uma em cada município capixaba. Só em 2024, foram mais 28 novas escolas desse modelo na rede.

Escola Estadual Fernando Duarte Rabelo, em Vitória, tem oferta em tempo integral
Escola Estadual Fernando Duarte Rabelo, em Vitória, tem oferta em tempo integral. (Divulgação/Sedu)

Com mais tempo de aprendizagem, o resultado dos alunos do ensino médio no Ideb é superior aos de estudantes da escola regular. Foi o que apontou um levantamento feito pelo Instituto Sonho Grande em parceria com o Instituto Natura, com base nas notas do Ideb.

Os dados apurados pela entidade mostram que as escolas integrais apresentam taxas de abandono e reprovação até duas vezes menores em comparação com escolas regulares.

Como escola integral tem melhorado desempenho de alunos da escola pública no ES

O instituto aponta que, enquanto a média das escolas regulares do Estado ficou em 4,6, as escolas de tempo integral alcançaram uma média de 5,0 no Ideb, mesmo resultado de Goiás, destacando-se como uma das redes estaduais mais bem-sucedidas do país.

O estudo apontou também os melhores resultados das escolas de tempo integral. Nas três melhores posições estão sete escolas, com três empates. No topo do ranking está a CEEMTI Monsenhor Guilherme Schmitz, de Aracruz, e EEEFM Zuleima Fortes Faria, de Guarapari, ambas com 5,7 (Confira lista abaixo).

Além disso, a apuração realizada pelo Instituto Sonho Grande em parceria com o Instituto Natura revela que os estudantes das escolas integrais no Espírito Santo não apenas aprenderam o equivalente a 1,5 ano letivo a mais do que os de escolas regulares, mas também registraram taxas de abandono e reprovação até 2 vezes menores.

Os dados exclusivos, calculados pelo Instituto Sonho Grande (ISG) em parceria com o Instituto Natura, foram levantados com base no Ideb 2023, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC).

"Ampliar o tempo não basta para garantir a qualidade da oferta e para o atingimento dos objetivos educacionais. O diferencial da escola de tempo integral, a exemplo do modelo que temos no Espírito Santo, é a intencionalidade pedagógica da proposta que coloca o jovem e o seu projeto de vida no centro das práticas educativas. Tornar a escola atrativa, aderente às demandas das juventudes é garantir que os jovens vejam sentido nos conteúdos que estão sendo trabalhados na sala de aula e que, desse modo, a aprendizagem seja significativa", Maria Medeiros, consultora pedagógica da Integrar Educação & Gestão.

No Espírito Santo, 5 em cada 10 escolas de ensino médio são integrais. No total, foram avaliadas 63 escolas integrais e 177 escolas regulares.

Para o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, o número de escolas cresceu cinco vezes nos últimos anos no Espírito Santo. E a oferta foi diversificada. Antes, havia um modelo só com 9 horas e meia. A mudança no modelo foi ter escolas tanto de 9 horas e meia como de unidades com turno de 7 horas, também considerado integral. 

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Permitimos que o estudante trabalhasse e integramos ao ensino técnico e profissional, o que é um fator de atração dos estudantes

Vitor de Angelo
Secretário de Estado da Educação
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Atualmente, 78% das escolas de tempo integral são integradas à educação técnica, e é exatamente nessa oferta que o Espírito Santo liderou a nota do Ideb no ensino médio. "Isso mostra o acerto das duas políticas e expansão das matrículas", afirma De Angelo.

Sobre o aprendizado ser mais eficiente nas escolas de tempo integral, ele justifica que isso ocorre pela expansão dos modelos, que faz com que o estudante fique mais tempo na escola. "Dessa forma, o estudante fica mais tempo exposto a situações de aprendizagem, o que ajuda a explicar o resultado", destaca o secretário.  

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