> >
Conheça a diferença entre os sintomas de gripe e Covid-19

Conheça a diferença entre os sintomas de gripe e Covid-19

Diante da epidemia de gripe, infectologistas afirmam que  as duas doenças podem ser inicialmente confundidas, mas há formas de se diferenciar. Entenda

Publicado em 20 de dezembro de 2021 às 17:05

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
Sintomas da covid-19 e da influenza podem ser parecidos.
Sintomas da Covid-19 e da Influenza são parecidos. (Pixabay)
Conheça a diferença entre os sintomas de gripe e Covid-19

A pandemia da Covid-19 nem chegou ao fim e outro vírus tem causando preocupação. É o vírus Influenza, já conhecido por ser o causador da gripe, mas que, neste fim de ano, vem ganhando força pelo país com o aparecimento de uma nova mutação da cepa do H3N2.

Com a nova cepa, Estados como Rio de Janeiro e São Paulo foram os primeiros a vivenciar uma explosão de casos do vírus. Agora, praticamente todo o país já registra um aumento na demanda por atendimento a pacientes com sintomas gripais, como é o caso do Espírito Santo, que segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), vive uma epidemia de gripe.

O médico infectologista Paulo Mendes Peçanha explica que existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. E dentro do grupo A existem os subtipos, dentre os quais se destacam o H1N1, o tipo mais comum que causa a gripe, e também o H3N2, que tem sido o responsável pelo aumento de casos.

“O H3N2 já existia, mas nós conhecemos por uma variante diferente, a Hong Kong. A cepa que está circulando agora e causando as infecções é diferente. É uma mutação que foi recém descoberta na Austrália e nomeada como Darwin”,

Apesar de ser uma variante diferente da gripe, a infectologista Rubia Miossi afirma que praticamente não há diferenças entre os sintomas. “A cepa de H3N2 Darwin é de fato nova, mas os sintomas são os mesmos da gripe. O vírus continua sendo Influenza”, disse.

Os sintomas também são parecidos com outra nova variante que também tem causado preocupação, a Ômicron, da Covid-19. Segundo o infectologista Peçanha, as duas infecções podem ser inicialmente confundidas, mas há formas de se diferenciar.

“No início, as duas apresentam sintomas muito semelhantes. Congestão nasal, febre, dores no corpo e na garganta, tosse, cansaço. O que se diferencia é que a gripe costuma melhorar depois de cinco dias, já a Covid piora a partir da segunda semana e perdura por muito mais tempo.”

Já entre as outras variantes do coronavírus o médico explica que é mais fácil diferenciar. “A cepa original da Covid-19 e a Delta se diferenciam pela perda de paladar e olfato, por exemplo, que são muito característicos", diz.

SINTOMAS

Influenza e Ômicron:

Variantes comuns da Covid-19:

Segundo Peçanha, entre as crianças é mais fácil diferenciar os vírus. “As crianças são as vítimas mais comuns da gripe, elas estão dentro do grupo de risco, mas na Covid a maioria é assintomática e não costuma ter complicações”, explica.

A letalidade do coronavírus já é conhecida pelo número de mortes que a doença causou em menos de dois anos. No Espírito Santo, as mortes por Covid-19 já ultrapassam 13 mil.

A gripe, apesar de ser uma infecção mais comum, também pode se desenvolver em um caso grave e até mesmo levar à morte. A epidemia de gripe causada pela nova cepa Darwin da Influenza já deixou, até o momento, nove mortos: cinco no Rio de Janeiro, um em Salvador e outros três em Alagoas.

O médico explica que, no caso da gripe, também existe um grupo de risco que é mais atingido. "Crianças, idosos e gestantes, que fazem parte do grupo de risco da gripe, são as mais vulneráveis às complicações, que podem ser muito graves e letais”, afirma. Nos casos de sintomas mais graves, seja gripe ou Covid-19, a orientação é a mesma: procurar uma unidade de saúde.

“É importante que as pessoas procurem um médico quando os sintomas ficarem mais graves, independente de quais sejam. Não dá para ficar em casa e esperar melhorar”, diz.

COMO SE PREVENIR?

Segundo Peçanha, a nova variante da gripe pode ter surgido devido às flexibilizações das medidas sanitárias para conter a Covid-19. “É bem provável que os casos de gripe tenham aumentado por causa da liberação de algumas regras sanitárias. As pessoas estão circulando mais, se aglomerando, usando menos máscara. E o vírus se aproveitou disso para se modificar”.

Máscaras do tipo N95 ou PFF2 são as mais indicadas contra a Covid-19
Máscaras do tipo N95 ou PFF2 são as mais indicadas contra a Covid-19. (Shutterstock)

Por isso manter as medidas protetivas ainda é importante. A infectologista Rubia Miossi explica que as formas de contágio são as mesmas para as duas doenças e por isso os cuidados preventivos também são os mesmos. “As medidas de prevenção são semelhantes à da Covid-19. Uso correto e constante de máscaras, distanciamento social e higiene de mãos”.

A vacinação contra a gripe também é importante para a prevenção da doença, mesmo que o H3N2 Darwin não esteja incluído no imunizante antigripal. “Vacinar contra as outras cepas é importante para que esses outros três vírus não circulem junto com esta cepa nova, aumentando a demanda de serviços de saúde”, reforça a médica.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais