Apesar da nova onda de casos, o vírus da Covid-19 não tem sido a única preocupação dos pais, que dividem esse receio com outros vilões das síndromes respiratórias em crianças. Entre eles, os principais são o sincicial respiratório (VSR), os adenovírus e a influenza, a popular gripe.
Geralmente, esse vírus aparecem mais no inverno e no outono, mas isso não é uma regra. Portanto, especialistas alertam que é importante sempre reforçar os cuidados com as crianças, uma vez que cada infecção tem sintomas e apresentam riscos diferentes para os pequenos. E mesmo agora, quase no verão, há muitos casos de pequenos doentes por conta desses agentes.
O VSR, por exemplo, causa problemas pulmonares e afeta principalmente recém-nascidos e crianças. Já os adenovírus são um grupo que podem atingir várias partes do corpo, como o trato respiratório, sistema digestivo e os olhos. A influenza já tem mais facilidade de transmissão, deixando mais gente gripada.
Os sintomas desses vírus são parecidos, por isso é necessário um laudo médico. A pneumologista infantil Laís Fraga explica que as principais manifestações nos pequenos são febre, nariz escorrendo, tosse e, dependendo do vírus, pode até causar conjuntivite.
Ela ainda esclarece que a doença é capaz de se agravar, causando pneumonia, sinusites, otites, bronquiolites, o que pode levar a internação e necessidade de oxigênio.
A pediatra Nathália Miranda destaca que os adultos não estão imunes aos vírus, mas o que acontece é que as crianças costumam trocar objetos com amigos da escola, como caneta, lápis e massinhas, além do contato mais direto com irmãos e primos, o que provoca uma maior transmissibilidade.
A especialista também explica que os adultos já tiveram contato com os vírus na infância, o que causa uma imunidade, já as crianças estão tendo o primeiro contato.
Nathália Miranda ainda esclarece que a transmissão acontece a partir de gotículas, sendo a transmissão oral a mais comum.
Os vírus se espalham facilmente em ambientes fechados, outro motivo pelo qual afetam mais as crianças, uma vez que elas estão em ambientes fechados, como salas de aula com pouca circulação de ar.
E para mantê-las protegidas, as especialistas recomendam que os pais evitem que os filhos tenham contato com pessoas doentes e que evitem levar a criança com febre para escola.
Se possível, é importante que a criança e parentes próximos, como pais e irmãos, utilizem máscara caso tenham algum sintoma gripal. Outras recomendações básicas são lavar as mãos e manter o cartão de vacina sempre atualizado, uma vez que a imunização previne infecções virais e bacterianas.
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