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Fim da transmissão
"Obrigado e um abraço".
"Politização de remédios beira o ridículo', diz Casagrande
"Tudo que foge das evidências científicas, beira o ridículo. Se o médico receitar um medicamento, tome. Se não receitar, não tome. Se eu receitar, não tome. Eu não sou médico. Você confia no profissional de saúde e ele receitou? Tome o medicamento. Imagina eu aqui com essa mesa cheia de medicamento para fazer propaganda. Sou engenheiro florestal e bacharel em direito. Não sou profissional da saúde. Pessoas precisam compreender seu lugar. Nós, cidadãos, temos que começar a questionar posições que são muito atrasadas. Deixe a evidência científica falar por nós. É muito ruim, e de fato beira o ridículo esse nível de politização — seja do medicamento, do uso de máscara, de que o vírus foi uma invenção do povo chinês para prejudicar o mundo... Vamos sair dessa política de baixo nível e vamos tratar de salvar pessoas. Precisamos disso no país todo e naturalmente aqui. Seguirei, como governador, o que os profissionais de saúde orientarem".
Funcionamento do comércio e disciplina
"É lógico que todos os comerciantes, e eu também, compreendo isso. Sei o desejo de todos do comércio, compreendo perfeitamente. São desejos legítimos. Mas é legítimo que o governo possa disciplinar para não haver interação. Precisamos dar esses passos com segurança. Recebemos as demandas dos prefeitos, do setor do turismo, mas preciso pedir mais uma vez a compreensão e colaboração. Em uma pandemia como essa, escolhemos entre medida ruim e uma menos ruim. A medida boa era não ter que tomar medida nenhuma. Disciplinamos para orientar quem quer ajudar. Sabemos que as coisas só funcionam se todos estiverem comprometidos e convictos. Precisamos chamar a responsabilidade. Chegamos a quase 2 mil mortes no Espírito Santo. Mais de 60 mil mortes no Brasil e mais de 500 mil no mundo. Estamos lidando com muitas vidas que podem estar em risco".
Restaurantes e aglomeração
"Temos um protocolo para o funcionamento dos restaurantes. Achamos possível um passo pequeno com relação aos restaurantes porque, de fato, a gente acha que na hora do almoço, durante o dia, a aglomeração é menor. Na maioria dos locais, a aglomeração é menor. Achamos que é seguro dar esse passo. Pedimos a colaboração dos donos de restaurantes, precisamos contar com a responsabilidade deles e dos clientes".
Disciplina e isolamento
"Precisamos ter disciplina. Não é isolamento porque às vezes a pessoa não pode se isolar por razões diversas. Mas ela tem que manter a disciplina do distanciamento e uso de máscara. Manter a disciplina da não-aglomeração, higiene das mãos e, sempre que possível, o isolamento. Não tem outro caminho. Eu repito: tem interação na Região Metropolitana, mas tem estabilidade. Precisamos compreender a real responsabilidade que temos. É por isso que fazemos um apelo por esse papel cidadão que temos, para poder continuar, mesmo em estabilidade na Grande Vitória, com todos os cuidados para que a gente vá a zero na contaminação. No interior, o trabalho precisa ser mais intenso".
Interação entre municípios
"A decisão de deixar cada município ter a sua classificação de risco é para responsabilizar cada vez mais o município. É para poder, de fato, dar responsabilidade a cada um. Do mesmo jeito aqui na Região Metropolitana. Cada município tem um gestor. A partir desse momento, principalmente na Grande Vitória, o trabalho de cada município vai poder dar um trabalho real da fotografia daquele momento".
Índice de contágio no interior
"É um processo de disciplina. O mantra que falamos é que as pessoas que vão para um leito de UTI, têm risco. É preciso que os gestores municipais se convençam da não-interação. Você quer ter alguma atividade fora de casa? Tem que manter distanciamento e cuidados. Só tem um jeito de não pressionar o sistema de saúde: é reduzindo a interação. Não temos estrutura para colocar um fiscal para cada capixaba. A pandemia mostra a necessidade do compromisso coletivo pra gente ter resultados. É o trabalho de cada um de nós".
Eventos esportivos e culturais
"A Secretaria de Saúde se reuniu com a Federação de Futebol. Estamos apontando setembro para voltar com as atividades esportivas aqui no Espírito Santo. Se vai ser possível, com torcida ou sem torcida, o tempo que vai permitir que nós façamos essa avaliação. Como tomamos decisão de manter atividades econômicas funcionando, é preciso que a gente dê passos seguros. O pior cenário que pode acontecer é darmos passos largos e ter que retroceder".
Matriz e leitos
"Número de leitos per capita é diferente. Temos estrutura maior na Região Metropolitana. Se fizéssemos essa consideração, poderíamos prejudicar outras regiões. Por isso, vamos manter a matriz de risco fazendo avaliação de leitos no Estado, pelo tamanho dele e pela necessidade que temos de fazer a remoção quando possível".
Segunda onda
"Se existir segunda onda, estaremos mais preparados. O vírus tem comportamento diferente, então estamos conhecendo muito ainda esse comportamento. Pesquisadores avançaram muito nesse conhecimento, mas é um desafio porque o coronavírus mata muito. Precisamos ter todas as cautelas".
Novos leitos
"Essa etapa de abertura de leitos de UTI, que vai passar de 800 leitos de UTI para Covid, é um feito histórico. Vocês lembram quantas vezes respondi sobre hospital de campanha, que nossa prioridade era investir em hospitais próprios e filantrópicos. Nossa estratégia se mostrou acertada, correta, a gente vai deixar pelo nosso trabalho um legado importante pós-pandemia. Estamos abrindo mais leitos, a gente pode abrir até 800 e poucos leitos de UTI. Espero que a gente consiga, de fato, controlar a pandemia no patamar que estamos".
Uso de cloroquina e ivermectina
"Eu não vejo problema nenhum em adotar protocolos. Se equipe técnica, comitê científico, identificarem que esse é o melhor caminho... Assim o faremos. Se os médicos, profissionais da saúde, que trabalham na ciência, na pesquisa... Se indicarem que tem um protocolo que melhore o atendimento com esses remédios, o Estado adotará. Eu vou seguir a orientação da equipe técnica. O Conselho Regional de Medicina é um órgão importante para fazer esse debate, mas não podemos politizar o assunto".
Escolas e comércio
"Não podemos falar das escolas ainda. As aulas estão suspensas até o dia 31. Vamos ter que avaliar isso a partir do dia 20. Precisamos observar dia a dia, e analisar os dados. Com relação à atividade econômica, é a matriz de risco. Se município for enquadrado em risco baixo, ele tem a atividade comercial praticamente toda liberada. O que tem é o protocolo de distância, álcool em gel, uso de máscaras... Se for município de risco moderado, ele pode funcionar de segunda a sexta. Se for de risco alto, alternado de segunda a sexta. O que permite se você tem mais liberdade ou não, são as medidas qualificadas de cada risco. Se ficarmos abaixo de 80% de ocupação de leitos de UTI, alguns municípios sairão de risco alto para risco moderado. E alguns de risco moderado para risco baixo. O que define com clareza a flexibilidade, é o grau de risco".
Municípios que desobedecem decretos
"O tratamento dessa pandemia não é um campeonato de punições e multas. Naturalmente sei do incômodo que é um comércio não poder abrir todos os dias no horário normal. Mais do que ninguém, quero que o comércio abra todos os dias. Sei que existe a pressão, recebemos documentos, recebemos manifestantes aqui no palácio... O Estado fechou a atividade comercial no início da pandemia, foi importante para achatar a curva. Quero pedir aos prefeitos que a gente possa persistir nesse caminho, o Ministério Público tem conversado com os prefeitos também... A maioria está contribuindo com esse trabalho. A atividade do comércio causa muita interação. Então peço colaboração de todos, MP tem atuado. Sei que semana que vem tem uma reunião, e vamos participar mostrando dados".
"Descida precisa ser cautelosa"
"A subida é difícil, cansativa, precisamos tomar fôlego. Chegamos, aqui na Grande Vitória, ao platô. Mas não começamos a descer ainda. Precisamos descer com cautela. A expectativa é forte, mas ainda não podemos apontar o momento que vamos começar a cair com relação à pandemia. Mas precisa ser uma descida suave, cautelosa. Ainda temos um grande esforço pela frente".
400 mil capixabas infectados
"Última etapa do inquérito sorológico apontou que temos mais ou menos 400 mil capixabas infectados no Estado. Quanto mais testes fazemos, mais pessoas serão identificadas como infectadas pelo vírus. Aumentou o número de confirmados, mas número de mortes temos expectativa grande de continuar, de fato, reduzindo. Nosso objetivo principal hoje é esse. Estamos tratando disso com muita intensidade".
Distanciamento social
"A Grande Vitória está suportando os municípios polos do interior. Estamos estáveis com relação ao atendimento hospitalar. Até o presente momento, conseguimos atender a todos que demandaram leitos de hospital, de UTI e enfermaria. Vimos situações difíceis em outros países e até em outros Estados do Brasil. Mas nosso pedido continua o mesmo: não podemos relaxar com relação ao distanciamento social, a não-aglomeração, uso de máscara e prática da higiene".
Academias
"Outra pequena mudança é com relação às academias. Município de risco moderado, tiramos a limitação de cinco pessoas, mas outras regras continuam iguais. Risco alto continua com limitação".
Abertura de restaurantes
"Fizemos mudanças pontuais. Para municípios de risco moderado, hoje os restaurantes funcionam de segunda a sexta até as 16h. Até agora, poderão funcionar até as 18h. Aos sábados, o restaurante poderá funcionar também até as 16h. No risco alto, os restaurantes poderão funcionar até as 18 de segunda a sexta, e não poderão funcionar aos sábados".
Ajustes na matriz
"Como a ocupação de leitos está acima de 80%, certamente todos os municípios na próxima semana ficarão em risco moderado ou alto. Também tiramos da matriz algumas informações. Retiramos os 14 dias de cumprimento para o risco determinado. A partir de agora, cada município será analisado individualmente. Não há mais a nomeação 'Região Metropolitana', por exemplo. Outra questão é que estamos acabando com a regra limítrofe, que define a contaminação dos municípios. Cada um será contabilizado individualmente".
Platô, estabilidade e matriz de risco
"Atingimos platô na Grande Vitória, mas casos no interior ainda estão crescendo. Municípios estão enquadrados, agora, em risco moderado e risco alto. Não há nenhum em risco baixo e risco extremo. Como estamos em um processo de estabilidade, e os municípios mais importantes do interior ainda em um processo crescente de casos ativos, é importante que a matriz represente isso. Ela continuará com quatro ameaças. Letalidade será em relação aos 28 dias atrás. Definiremos nesse tempo. Coeficiente de incidência, também no tempo de 28 dias. Isolamento continua igual e percentual das pessoas com mais de 60 anos, também é a mesma informação".
Início da transmissão
"Olá, gente. Boa noite pra vocês. Hoje o objetivo é mais uma entrevista mesmo para responder dúvidas dos profissionais de comunicação. Tem tempo que não fazemos entrevista. Julguei importante fazer uma coletiva hoje. Temos feito isso em comunicação todos os dias praticamente. Acabamos mais uma reunião da Sala de Situação. Fazemos avaliação dos números e fizemos ajustes na matriz de risco, que nos acompanha desde o mês de março. Começamos considerando o coeficiente de incidência... Depois consideramos o número de leitos de UTI, letalidade, percentual e grau de isolamento, maiores de 60 anos, e agora vamos fazer esse ajuste".
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