Fim da transmissão
Renato Casagrande, governador do Estado: "Meu desejo é que o novo ministro seja de bom diálogo, equilibrado. É fundamental que a gente retire componentes ideológicos do debate educacional para fazer avanços. Meu desejo é esse. Agradeço a todos pela participação".
Novo ministro da Educação
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Aproveitando, foi indicado agora o novo ministro da Educação, é o Carlos Alberto Decotelli, ex-presidente do FNDE. Queria aproveitar e fazer a manifestação de que é uma pessoa que, enquanto presidente do FNDE, teve diálogo com os secretários da Educação. Essa característica pode pautar a sua doação como ministro para gente ter, com ele, uma excelente relação. Desejamos sorte e um bom início ao ministro".
Contratos dos professores
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Ainda estamos tomando decisões a esse respeito, precisamos observar questões legais, se é possível renovar esses contratos. Fazemos isso enquanto pode, porque professores são necessários. Agora renovação de contrato que não tem mais possibilidade de renovação, é algo excepcional. Tudo depende do que estiver a nossa frente, dos contextos que estivermos vivendo".
"Mês de julho é importante", diz governador
Renato Casagrande, governador do Estado: "A sala de aula, ambiente escolar, é forte de interação. Usei o RT 1 porque é quando a pandemia se estabilizou. Mas o ideal é ter queda da transmissão, ir reduzindo o número de pessoas infectadas. Pode ter regiões que tenham RT maior, e regiões com RT menor, pode. Hoje o da Grande Vitória é menor do que o interior do Estado, mas ainda não é de decréscimo. É um ambiente muito perigoso ainda, porque interação aumentou nos últimos dias. É por isso que o mês de julho é importante para nós. Na hora que criamos o EscoLAR, foi para não ficarmos reféns da pandemia. Nosso desejo é retomar as aulas todas ao mesmo tempo no Estado todo. Mas a realidade pode nos fazer tomar outras decisões".
Taxa de transmissão
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Não existem duas fases fixas e separadas. A fase remota, a pandemia sob controle, e então as aulas presenciais. Existe dinâmica da doença, não sabemos que acontecerá no Estado. Fala-se sobre segunda onda, entre outras coisas. Precisamos de clareza. Será um calendário de ensino híbrido: há momentos presenciais e remotos. Poderá haver situação em que tenhamos momento remoto mais perene, porque a pandemia pode ter uma segunda onda e aulas poderão ser suspensas por um tempo. A pandemia tem dinâmica e nós, como educação, precisamos nos estruturarmos para acompanhar a dinâmica. É por isso que não tem dificuldade em cumprir as horas".
Versão do app e avaliação
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Quando falei sobre segunda versão, é sobre o marcador de diferença da carga horária e a ideia da reorganização curricular. Por isso tomamos decisão de fazer um novo documento. São as diretrizes operacionais. É meramente para ir adequando. O espírito do programa permanece. Sobre a avaliação diagnóstica: se o aproveitamento for indiferente, teremos pessoas com co-validação de horas diferentes. Possivelmente teremos que ter atividades a mais, aulas extras, que está sendo pensado, possivelmente, como uma atividade presencial quando as escolas reabrirem. Isso para colocar horas que possam ser computadas, mediante avaliação, para levar todos para o mesmo nível".
Avaliações
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Elas devem acontecer no mês de julho. Um detalhe que faltou é: para os alunos do fundamental, a prova será necessariamente presencial, quando a escola abrir. É um público específico, dependeria muito do apoio do responsável. Prova será online na escola, com ajuda da equipe pedagógica. Para os demais, será disponibilizada agora e online também".
Uso da tecnologia nas escolas
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Whatsapp é tecnologia, mas é diferente do Google porque é gratuito em vários celulares até sem pacote de dados. Eu vejo escolas que estão trabalhando com material impresso e tirando dúvidas no Whatsapp. Vejo escolas que estão apenas trabalhando com conteúdo impresso. O que temos dito é o seguinte: deixamos as escolas livres, a partir de orientação dada na diretriz do EscoLAR, para, conhecendo melhor as condições do seu público, se organizar da melhor maneira. Senão criaríamos uma verdadeira camisa de força. Já vi de tudo e gosto de dizer que não estamos vivendo um apagão da educação pública brasileira. Estamos reinventando. Tem gente que usa carro de som em cidades. Tem gente que usa o som da igreja matriz para a informação chegar para esses pais e alunos".
Programa de recuperação
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "A avaliação diagnóstica visa fazer mapeamento do que foi aprendido. Se não existe aprendizagem, que vai ser constatado na avaliação, então não validará a carga horária efetiva do aluno. E aí seria feito um programa extenso de recuperação. A avaliação é para dizer: quem está aprendendo o que? Quem está fazendo o que?".
Interação nas escolas
Renato Casagrande, governador do Estado: "Segurança que precisamos é o índice de transmissão, é o RT. No inquérito passado, foi 162. Uma pessoa transmitia para 2, que transmitia para 3 ou 4. É um processo de transmissão crescente. Precisamos que o RT fique a baixo de 1 para termos a redução da pandemia. A escola é o local de maior interação. Aluno sai de comunidade onde tem vizinhos, amigos, família. Vai para escola, onde encontra alunos que tem o mesmo tipo de relação. Professores, servidores... É um local de interação muito alto. Precisamos controlar a pandemia para não causar nenhum problema aos professores, servidores, alunos, familiares. Ainda temos muitos casos identificados por dia. Temos muitas mortes ainda, por dia. Tivemos uma estabilidade na demanda de leitos de UTI nessas últimas duas semanas. Estamos com 81, 82, 83% de ocupação de leitos. Estabilizou nesse patamar. Para retorno a escola, não é leito de UTI".
Orientação
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Estamos finalizando protocolo sanitário a ser dividido no âmbito do grupo de trabalho. Depois de validado, pensamos em fazer capacitação dos profissionais da escola acerca desses protocolos. Todo profissional da escola precisa ter a clareza dos protocolos de saúde. Eles que orientação os jovens, crianças e adolescentes a respeito desses protocolos".
Ajustes
Renato Casagrande, governador do Estado: "Eu tenho sempre mantido diálogos com o governador, e não há nenhuma decisão tomada, mas a gente precisa entender não só as nossas estratégias oferecidas ao público, mas como o público as utiliza. As vezes implementamos algumas coisas e vemos que elas são mais aceitas em alguns lugares. Isso também inclui o app. Fiz uma reflexão há alguns dias e tenho conversado com o governador. Estamos pensando em alguns ajustes sobre o tipo de uso que alunos e professores têm feito com o que oferecemos. Tudo para aprimorar o uso dessas tecnologias".
Medidas extraordinárias
Renato Casagrande, governador do Estado: "De fato, estamos vivendo momento de total anormalidade. Daqui a alguns dias, serão 100 dias. Não estamos vivendo situação normal e isso exige medidas extraordinárias, que já foram tomadas. É um passo adiante. Teremos aperfeiçoamento a fazer, mas estamos com uma rede madura para passar a contabilizar as atividades que já estavam sendo passadas. É para estabelecer uma convivência com a pandemia. Estamos trabalhando e orando para voltar em agosto, mas pode ser que não. Não podemos ficar reféns da pandemia. Estamos limitados, mas estamos buscando alternativas".
Preparo
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Existem questões objetivas. Fizemos pesquisa ampla para conhecer perfil dos alunos. Só 30% tinha lugar adequado, com quarto e mesa, adequado para o estudo. Isso não vai mudar. Façamos o que for. Respeitando muito as limitações e questões objetivas dos alunos, e tendo a clareza que está fora do domínio da Sedu, entendemos que as outras situações que fogem a isso, entendemos que sim, os alunos estão preparados. Temos recebido muitos feedbacks de alunos e professores".
Busca por alunos
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Temos 100% dos alunos. Nem todos eles foram encontrados pela equipe que está na escola. Nossas condições para procurá-los são precárias por conta da pandemia. No contato telefônico, por e-mail, não encontramos um grupo de alunos. Para todos os outros encontrados, o EscoLAR está chegando com o uso ou sem o uso da tecnologia. Esse grupo que não foi encontrado, não foi esquecido e nem ignorado. Este grupo entra em outro ponto do planejamento, que é a busca ativa. Estamos mapeando quem são esses alunos para fazer uma busca ativa".
Monitoramento de frequência
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Quando contabilizamos a carga horária, também monitoraremos a presença dos alunos. Pode reprovar por falta? Depende de uma discussão que ainda faremos com o grupo de trabalho e com outros setores. Mas o monitoramento da frequência será feito".
Acesso à internet
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "O EscoLAR não é só um programa que envolve tecnologia. Ele envolve atividades pedagógicas não-presenciais. O uso da tecnologia é uma estratégia, que não envolve a todos. Então, nesse sentido, olhando apenas para o EscoLAR, tivemos adesão de 70% do público. É uma adesão significativa, mostra a assertividade da estratégia e adesão da rede. É um dado importante. Para quem não tem acesso à internet ou ao app, nada muda. As atividades sem uso da tecnologia acontecem desde abril. Nada mudará a partir de 1º de julho a não ser o fato de que essas atividades passarão a ser contabilizadas como carga horária".
Calendário 2020/2021
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Outro aspecto importante é a questão do calendário. É importante que o calendário de 2020 e 2021 será pactuado entre Estado e município. Talvez não seja possível, mas isso também implica em uma conversa com as entidades. Nós, com os municípios, temos série de ações compartilhadas. O Estado acaba sendo sequência natural da trajetória do aluno. Este é um ponto que será debatido nas próximas semanas, sem esquecer os sindicatos que precisamos debater o calendário".
Protocolo sanitário de volta as aulas
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "A gente constituiu a cerca de um mês um grupo de trabalho envolvendo mantenedores de escolas públicas e privadas aqui no Estado. Construímos proposta inicial para pensar em ações para a volta às aulas presenciais independentes de quando elas acontecerem. Isso foi compartilhado com outras instituições e entidades. Começamos um debate ampliado a respeito desse planejamento. E agora estamos agregando outros setores para discutir um aspecto essencial, que é o protocolo sanitário. Há um protocolo em elaboração, em vias de finalização. Ele será compartilhado neste grupo de trabalho. Têm instruções mínimas para que a gente volte com segurança necessária no momento correto e adequado".
Formações
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Em julho vamos fazer uma série de formações com nossos profissionais e professores. Uma parte será aberta aos 78 municípios. Temos feito a opção de, daqui para frente, trabalhar com a pedagogia de projetos para o ensino médio, para os anos finais do ensino fundamental e o ensino por investigação. Estamos dando, portanto, formações nessas metodologias a partir do mês de julho".
Readequação curricular
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Essas diretrizes, em parte, envolvem readequações curriculares. Temos o currículo e menos tempo para cumpri-lo. Essa readequação do produto é de um trabalho conjunto e colaborativo. Isso entrou nessas diretrizes que vamos encaminhar à nossa rede no início da próxima semana".
Apoio aos municípios
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "A avaliação diagnóstica poderá ser em parte compartilhada com cada um dos 78 municípios do Espírito Santo. Esse é um pedido dos municípios, temos dialogado há bastante tempo a respeito dessa e outras questões. Nós, por meio de adesão dos municípios, poderemos disponibilizar as provas, matriz, gabarito, todo conteúdo utilizado pela Sedu. Para nossa rede, vamos divulgar na segunda-feira as diretrizes operacionais do programa EscoLAR na sua versão 2. Agora o programa não muda, apenas para esse detalhe importante. Algumas questões se modificam, por isso vimos a necessidade de fazer uma segunda versão".
Avaliação diagnóstica
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "A segunda é que ao longo do mês de julho, vamos realizar avaliações diagnósticas nos alunos, para saber o que tem de conhecimento vindo de 2019. Isso deveria ter sido feito em março, mas as escolas acabaram fechando. Isso é para aferir aquilo que foi aprendido antes do EscoLAR, para fins de co-validação. Essas avaliações serão feitas com uma instituição parceira. Será online que, neste momento, será feita por aqueles que tiverem condição de fazerem online. Os outros farão quando as escolas reabrirem. O modelo é online e pode ser feita agora com equipamentos e dados de aluno. Se isso não for possível, serão feitas quando escolas reabrirem".
Monitoramento
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Neste momento temos a condição de monitorar, gerar relatórios, acompanhar cada escola. No aplicativo tem todos os níveis de acesso para professores e diretores acompanharem o que acontece em cada unidade escolar. Isso foi construído ao longo do tempo. Agora temos segurança, e isso atende expectativa de equipe pedagógica de escolas e dos alunos. Essa é a primeira informação importante".
EscoLAR
Vitor de Ângelo, secretário de Educação: "Boa tarde a todos. O governador já adiantou em linhas gerais o que vou dizer, então vou detalhar os aspectos já mencionados. É importante reforçar uma questão, que é sobre a natureza do que estamos anunciando hoje. Uma coisa é a rede estadual de ensino, são as 444 escolas que nós somos mantenedores, gestores delas. Outra coisa é o sistema de ensino do Estado, que engloba as outras escolas públicas e privadas. Os detalhes que vou trazer dizem respeito as escolas estaduais. A principal mudança é a co-validação, passaremos a considerar o dia 1º de julho, o programa EscoLAR como carga horária letiva".
Calendário
Renato Casagrande, governador do Estado: "Como os municípios, sindicatos, vamos continuar discutindo em julho os protocolos de saúde, calendário escolar. Vamos tomar decisões em conjunto, porque não são só as escolas do governo do Estado. Também engloba as escolas municipais, as privadas. Neste momento ainda temos uma pandemia crescente no Estado, que existe toda cautela para distanciamento e isolamento social. Neste mês de julho, ainda não terá atividade escolar presencial em todas as instituições de educação".
Carga horária escolar
Renato Casagrande, governador do Estado: "Desde março não temos presença de professores e alunos nas escolas. Vamos chegar no dia 1º de julho a 100 dias sem atividades presenciais. Desde o dia 2 de abril lançamos o programa EscoLAR. Estamos tratando que no dia 1º de julho, essas atividades pedagógicas não-presenciais, vão valer como carga horária. Muitas atividades foram desenvolvidas nesse tempo, nesses três meses. Professores, diretores e equipe gestora da escola trabalharam com muita intensidade. Esse programa já conquistou uma experiência".
Início da transmissão
Renato Casagrande, governador do Estado: "Olá amigos, amigas. Gostaria de cumprimentar a todos e ao secretário de Educação Vitor de Ângelo. Hoje vamos tratar sobre educação".
Este vídeo pode te interessar
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.