O Espírito Santo tem 17 casos confirmados da variante Delta da Covid-19, que é considerada pela comunidade médica e científica mais contagiosa e com maior potencial agressivo em pessoas vacinadas com apenas uma dose da vacina. Segundo a Secretaria da Saúde de Estado (Sesa), as amostras positivas vieram a partir de uma análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) com 158 amostras. A confirmação da infecção pela variante foi garantida também pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Em pronunciamento feito nesta terça-feira (31), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, havia comunicado a presença de amostras positivas para a variante Delta. Nésio explicou que, ao todo, foram enviadas 365 amostras de testes RT-PCR para o Lacen, sendo que também houve registros da variante Gama da Covid-19.
"365 amostras de RT PCR foram enviadas para a Fiocruz para identificação das variantes que circulam no ES. Dessas, 158 tiveram o resultado liberado e 11% delas representam testes positivos para a variante Delta. O restante representa casos da variante Gama. No entanto, esses resultados não têm relevância para projeção estatística da proporção da presença dessas variantes no ES. Mas podem representar e confirmar quais são as variantes que estão em circulação no Estado", disse.
Nésio também apontou que, apesar de serem diferentes variantes, trata-se da mesma doença. O secretário relembrou, porém, que a população capixaba deve compreender que as mutações do vírus trazem um risco maior e, portanto, as medidas de proteção ao contágio da Covid-19 devem continuar.
"Neste momento, reconhecemos o predomínio absoluto de duas variantes circulando: a Gama, também conhecida como P1, e a Delta, conhecida como variante Indiana. Ambas têm características de preocupação. No entanto, a população capixaba precisa compreender que, independentemente das variantes, trata-se da mesma doença. Toda pessoa positiva ou suspeita de Covid-19 precisa ter ciência da probabilidade de ter a variante Delta ou Gama, obrigatoriamente, e que são extremamente perigosas. Precisamos reforçar os cuidados, nos vacinar e, em caso de qualquer sintoma, testar”, argumentou Nésio.
O presidente do Lacen, Rodrigo Rodrigues, destacou o trabalho do Lacen para identificar a presença da variante nas amostras analisadas. Rodrigues contou que o laboratório utilizou uma técnica desenvolvida pela Fiocruz que permite identificar a assinatura genética do vírus.
"O resultado do sequenciamento foi 100% concordante com análise genotípica feita aqui no Lacen, antes do envio da amostra à Fiocruz. Usamos um kit de genotipagem por RT-PCR desenvolvido pela Fiocruz que consegue observar a assinatura genética das variantes e, assim, saber qual variante é responsável por aquela infecção da Covid-19", detalhou.
Rodrigues também ressaltou o trabalho dos profissionais do Lacen e afirmou que os avanços na tecnologia e melhorias feitas no Lacen serão um legado para o Sistema Único de Saúde (SUS) do Espírito Santo. Ele também revelou que o laboratório passará a realizar também o sequenciamento genético de amostras de testes RT-PCR.
"Desde o começo da pandemia temos realizado melhorias no parque tecnológico do Lacen e isso ficará como um legado tecnológico ao SUS. Resultados como esse demonstram que o Estado tem diagnósticos laboratoriais de ponta e que a gestão do governador Renato Casagrande não tem medido esforços em investimentos no setor. Além da genotipagem, o Lacen começará, em breve, a realização do sequenciamento em solo capixaba, que além de dar uma resposta rápida para a Vigilância em Saúde, irá contribuir nacionalmente no processo de vigilância molecular da Covid-19”, finalizou.
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