A Covid-19 já é a segunda principal causa de mortes no Espírito Santo. De acordo com dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a doença causada pelo novo coronavírus só não supera por enquanto o câncer, que vitimou 1.420 capixabas entre os meses de janeiro e abril deste ano.
Durante o mesmo período, 229 pessoas faleceram em decorrência da pandemia. No entanto, esse número já saltou para 904 óbitos, conforme a última atualização, feita nesta terça-feira (9), pelo Governo do Estado. Vale lembrar, que o primeiro caso local registrado da doença é do final de fevereiro. Ou seja, em três meses, o número de mortes por Covid-19 no Estado já ultrapassa os índices das outras causas nos primeiros quatro meses do ano.
Esses números, que retratam a quantidade de vidas perdidas, fazem com que a Covid-19 supere a quantidade de vítimas de homicídios e de acidentes de trânsito do Estado causas que tradicionalmente figuravam entre as primeiras posições deste ranking. A nova doença também supera a quantidade de pessoas que sofreram derrames ou infartos fatais.
Antes da pandemia, casos infecciosos ou parasitários representavam apenas 3% das mortes registradas no Espírito Santo e, portanto, não apareciam entre as causas mais significativas. Essa rápida escalada faz com que especialistas apontem que o novo coronavírus pode assumir o posto de primeiro lugar.
Para a infectologista Tania Reuter essa mudança no panorama tem colaboração significativa da população, que não têm respeitado as medidas de isolamento social. Se juntarmos a eficiência da doença com a ineficiência da sociedade, o coronavírus vai dominar o cenário, taxou categoricamente.
Por isso é tão importante que as pessoas sigam as orientações dos órgãos de saúde e fiquem em casa. Isolamento social significa sair só quando necessário. Seja no convívio social ou familiar e no que diz respeito ao consumo. É necessário agir de maneira consciente, afirmou.
*Com informações do repórter Aurélio de Freitas, da TV Gazeta
Ao mesmo tempo em que o Espírito Santo vive uma crescente exponencial no número de casos confirmados e de óbitos da Covid-19, a taxa de isolamento social tem registrado sucessivas quedas. Na última sexta-feira (5), o Estado teve o pior índice desde o início da pandemia: apenas 44% das pessoas ficaram em casa.
O nível de cumprimento das medidas está bem abaixo do considerado mínimo necessário pelo governador Renato Casagrande, que é de 50%, e muito distante do que é indicado pelas entidades ligadas à saúde. A orientação dos especialistas é que essa taxa devesse sempre estar acima dos 70%.
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