Término da transmissão
Depois de aproximadamente 1h10, o secretário Nésio Fernandes encerrou a transmissão desta segunda-feira (10), na qual falou sobre o cenário atual e como poderá ser o futuro em relação à pandemia do novo coronavírus no Espírito Santo.
Logística em relação à vacina da Pfizer
"O Ministério da Saúde irá adotar 12 semanas e tem garantido contrato com as fabricantes. Guardar as vacinas da Pfizer por 90 dias poderia comprometer a capacidade de armazenar e aplicar as doses. Dessa maneira, é adequado que, no caso da Pfizer, sejam encaminhadas apenas as primeiras doses", explica Nésio.
Como cidade sai do risco alto direto para o baixo?
"Nós temos duas situações que podem ocorrer: o município que permaneceu para o risco alto durante a regra dos 14 dias e estava no risco moderado na semana anterior à mudança, ou teve uma queda sustentada nos índices considerados na matriz", explica Nésio, sobre os cinco municípios que migraram do risco alto diretamente para o risco baixo no último mapa divulgado pelo Governo do Estado.
ES vai receber 23 mil doses da vacina Pfizer
O Espírito Santo receberá 23 mil doses da vacina Pfizer nesta semana, de acordo com o subsecretário Luiz Carlos Reblin.
Secretário fala sobre reversão de leitos públicos
"Nós iremos preservar a contratualização com as redes filantrópica e privada. A reversão vai começar pela rede própria. Dessa maneira, o Estado já iniciou a reversão de alguns leitos. Ao longo desta semana, terão outros. Entendemos que essa reversão é oportuna e está sendo realizada de forma muito segura", esclarece Nésio.
Sesa reforça orientação para escolas reabrirem
O secretário Nésio Fernandes esclarece que o retorno das aulas presenciais está autorizada, mas não é uma obrigação. No entanto, ele ressalta que este deve ser um anseio de todos os gestores e que não há razões sanitárias para que as escolas permaneçam fechadas neste momento. "O Ministério Público deve fiscalizar as decisões administrativas dos gestores municipais que decidam manter as escolas fechadas, que deverão apresentar elementos robustos para mantê-las desta forma", afirma.
Não deixe de se vacinar!
"Nós ainda identificamos pessoas idosas que se recusam a receber o imunizante. Precisamos e queremos fazer um alerta para aqueles que puderam se vacinar: se você perdeu a oportunidade, procure a sua unidade básica de saúde, o seu município, para ver como cada um está procedendo. A orientação da Sesa é que, a todo momento, os grupos que já foram alcançados tenham o agendamentos abertos", pede o secretário.
Sesa vai divulgar dados do impacto da vacinação
"Nós já reconhecemos uma importante redução nos óbitos da população idosa. Dados já processados pela Sesa estão sendo tratados e deverão compor um artigo científico que será publicado, descrevendo o impacto na mortalidade no Espírito Santo, na comparação entre a população vacinada e não vacinada. Estamos consolidando dados que devem ser publicados nos próximos 15 dias", adianta Nésio.
Incertezas em relação à vacinação
De acordo com o subsecretário Luiz Carlos Reblin, por enquanto, o Espírito Santo ainda não sabe quantas doses da Coronavac receberá nesta semana e nem quais grupos serão vacinados após as pessoas que têm comorbidades.
ES segue negociando vacinas contra a Covid-19
"Nós mantemos negociações. É possível que a Sputnik e a Covaxin, sendo reguladas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), passem a compor o rol de opções aos gestores estaduais. Além dessas vacinas, mantemos negociações com outras, que têm andado a passos importantes nas últimas semanas, mas ainda não temos a materialidade. Quando ocorrer, o próprio governador Renato Casagrande fará o comunicado à população capixaba", esclarece o secretário.
Muda critério para vacinação de hipertensos
"O critério estabelecido pelo Ministério da Saúde é um critério que acaba sendo de difícil operacionalização em relação aos laudos muito específicos. Desta maneira, para poder acelerar e considerando a ampla disponibilidade de vacinas da AstraZeneca, o governo publicou uma nota técnica autorizando que a comprovação de hipertensão nos serviços de imunização será suficiente para vacinar a população hipertensa. Da mesma maneira, a convocação das faixas etárias também é oportuna, para que a oferta tenha a devida procura", explica Nésio. "Em relação a laudo, é só procurar o serviço de saúde, que está apto a fornecer uma comprovação da comorbidade", completa Reblin.
Sem longos períodos de escolas fechadas no ES
"Não deveremos ter mais longos períodos de fechamento das escolas públicas e privadas, com exceção de novas fases de expansão rápida de casos, internações e óbitos no nosso Estado. Desta maneira, os gestores municipais precisam trabalhar com a retomada neste semestre para ,no segundo, dar outros passos no desenvolvimento da educação e trabalhar de que forma será a educação em 2022", avisa Nésio.
Secretário fala sobre volta das aulas presenciais
"Em contextos semelhantes ao que vive, hoje, o Espírito Santo, com uma queda sustentada de casos, internações e óbitos, todos os países do mundo retomaram de alguma maneira as atividades de educação. Reconhecemos que a educação ocupa a centralidade dentro da sociedade. Temos que trabalhar sempre com diretrizes da Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância, na sigla em inglês), que as escolas devem ser a primeira atividade a abrir e a última a fechar. No ano passado, muitas escolas públicas municipais não retornaram. Os prejuízos acumulados para a infância e a juventude, com um período de fechamento muito longo, pode ser irreparável. Pode levar anos para ser recuperado. Dessa maneira, decidimos adotar ações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Unicef, de que no momento de recuperação do ciclo pandêmico, temos uma oportunidade para retomada das atividades da educação, de forma facultada, híbrida e parcial. Há três semanas vínhamos debatendo essa questão. Corremos o risco, na América Latina, de ter o pior índice de evasão escolar dos últimos 30 anos. Os jovens e as crianças não representam uma grande proporção de casos, internações e óbitos. Existe um grau de risco de transmissão próprio às atividades sociais. É necessário que todos os esforços garantam ambientes ventilados e equipamentos de segurança. As escolas que não tiverem condições, devam voltar em momento oportuno", argumenta Nésio.
Secretário: "não viver nova onda até junho dependerá da população"
"O período de cava, de maior queda de casos entre uma onda e outra, entre a primeira e segunda expansão foi longo: da primeira quinzena de julho até a subida rápida observada na primeira quinzena de novembro. Entre setembro e outubro, tivemos uma melhora da testagem e conseguimos viver um período longo de estabilidade da pandemia, que não foi conquistado entre a segunda e terceira expansão. Praticamente tivemos uma única semana de queda importante de casos. Nós queremos apostar que o pacto pela vida adotado no nosso Estado permita que, ao longo das próximas semanas, consigamos preservar a queda de internações e óbitos. Não viver uma nova expansão até junho dependerá da população e da atenção primária em saúde", afirma Nésio.
Cuidados já conhecidos seguem sendo essenciais
"Independentemente dos cenários possíveis, todos estarão suscetíveis à adesão da coesão social. Independentemente de novas cepas, estamos tratando da mesma doença. Por isso, o uso especial das máscaras, de preferência de alto poder filtrante, a higienização das mãos e ambientes ventilados", reforça Nésio.
Samu deve atender todo o ES até junho
"Estamos consolidando agora, em maio e junho, 100% da cobertura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) no Espírito Santo. O que permitira um melhor desempenho no tempo de resposta de atendimento a pessoas em situação de urgência e emergência. Também mantemos a estratégia de ampliar a rede hospitalar", afirma Nésio
Internação precoce e testagem em massa
"O Espírito Santo, neste momento, avalia o início de um estudo de um medicamento já usado em outros países. Em junho, poderemos usar novos medicamentos nos pacientes acometidos com a Covid-19, especialmente no Hospital Jayme Santos Neves. Além da internação precoce, para a evolução da doença acontecer em um ambiente hospitalar. Para garanti-la, temos uma meta de ampliar o monitoramento domiciliar, na criação de um fluxo assistencial da atenção primária ao hospital. Diante disso, o Estado também pretende massificar a testagem", adianta Nésio.
Nova onda pode atingir principalmente jovens
"É possível que nos próximos 90 dias exista uma redução da mortalidade na população idosa. Devemos esperar que uma nova onda deva ter um impacto menor da internação da população idosa, considerando o alcance da vacinação. O que pode comprometer o Estado diz respeito a novas variantes, que atingem um perfil mais jovem e podem assumir predominância. Elas podem representar o risco para uma nova expansão, em um contexto ainda de sazonalidade das doenças respiratórias. Havendo o rejuvenescimento das internações, podemos ter um cenário crítico como aqueles vividos em outros Estados do país. Quando me refiro a jovens e adultos não estamos levando em consideração a população com menos de 30 anos. Há um predomínio da população com mais de 30 anos e um aumento da infecção maior na população de 20 a 30 anos nesses territórios", ressalta Nésio.
ES já tem transmissão comunitária da cepa P1
"Nós já identificamos a transmissão comunitária da variante P1 em estudos feitos pela rede privada e pelo Lacen. Ela, junto com a inglesa e a P2, povoam o rol das variantes que hoje ameaçam toda a estabilidade da pandemia e possível controle", alerta Nésio.
96% das internações são de quem tem mais de 30 anos
"Menores de 18 anos representam menos de 0,18% das internações hospitalares. Mais de 96% das internações ocorre em quem tem mais de 30 anos. Existe uma possibilidade concreta de atingir toda essa população com vacina até o final do ano", detalha Nésio.
Secretário: "momento crítico até início do inverno"
"Outra premissa que precisa ser considerada é a sazonalidade das doenças respiratórias. A partir da semana epidemiológica oito (entre 21 e 28 de fevereiro) e a semana 25 (dia 20 a 26 de junho) temos uma frase de aceleração contínua de síndrome respiratória aguda grave. Até junho vivemos um momento crítico, favorável ao surgimento de doenças respiratórias e que pode incrementar o risco da curva positiva de casos, internações e óbitos. Reconhecemos que nesse período é necessário manter distanciamento social e protocolos", alerta Nésio.
20% da população já vacinada com 1ª dose
"A população alcançada com a primeira dose da vacina já chega a 20% da população do Estado e precisa ser complementada com a segunda dose. Por isso, o Governo Federal precisa enviar as doses para completar a imunização em maio", sinaliza Nésio, em relação ao atraso no envio da Coronavac.
Secretário critica "imunidade de rebanho"
"Estudos já desenvolvidos pelo Lacen-ES (Laboratório Central do Espírito Santo) identificaram anticorpos do Sars-Cov-2 em capixabas que atuavam em atividades turísticas na segunda quinzena de janeiro. O que nós concluímos, com segurança: que pacientes tiveram contato com o vírus, e que as três ondas que vivemos consolida o Espírito Santo como um dos Estados com estágio mais avançado da doença. Essa posição adiantada em relação à evolução da pandemia nos coloca na frente em relação aos impactos. Eles assumem, no Espírito Santo, um caráter mais prolongado. Dessa maneira, as três exposições anteriores poderiam estar avançando na imunidade de rebanho. Se considerarmos a imunidade corrigida de 6%, teríamos nesse momento 40% da população já exposta e com algum grau de imunidade. Os estudos que tratam do tema divergem muito em relação ao tempo de proteção. Mesmo considerando um cenário otimista de 60% de proteção durante oito meses, teríamos uma insuficiência de proteção para impedir um novo comportamento de onda. Dessa maneira, a exposição anterior não pode ser considerada para evitar novas ondas. Todos que apostaram nessa estratégia fracassaram. Teríamos que alcançar, em menos de um ano, cerca de 20 mil óbitos para alcançar a imunidade de rebanho. Isso seria um genocídio e essa estratégia nunca será adotada no Espírito Santo", argumenta Nésio.
Vacinação: plena cobertura nos idosos em junho
"Nós devemos alcançar, no mês de junho, a plena cobertura da vacinação de idosos no Estado. Devemos ter 100% da população idosa com uma dose da AstraZeneca e duas doses da Coronavac. Essa cobertura será suficiente para repercutir em uma redução de óbitos em proporção maior que a já verificada nesse momento. Tendo também uma redução nas internações, nessa população que representa de 60% a 70% dos internados em UTI no Espírito Santo", afirma Nésio.
Início da transmissão
À frente da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o secretário Nésio Fernandes deu início à coletiva de imprensa on-line da tarde desta segunda-feira (10), na qual falará a respeito da atual situação da pandemia do novo coronavírus no Espírito Santo. Acompanhe com A Gazeta.
Este vídeo pode te interessar
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.