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Crianças vegetarianas: tudo o que você precisa saber sobre o assunto

Crianças vegetarianas: tudo o que você precisa saber sobre o assunto

A nutricionista Roberta Larica pontua que a busca pelo estilo de vida vem crescendo nos últimos anos e explica se esse tipo de alimentação é suficiente na fase de crescimento

Publicado em 23 de agosto de 2021 às 19:36

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Criança vegetariana
Cada vez mais crianças e famílias têm adotado a alimentação vegetariana . (Divulgação/ Pixabay)

A busca por práticas nutricionais mais saudáveis e por um estilo de vida sem o consumo de  produtos de origem animal vem crescendo não apenas entre adultos, mas também entre os pequenos. Com relação às crianças que adotam o vegetarianismo, muitas preocupações cercam os responsáveis por elas: esse tipo de dieta alimentar representa riscos para as faixas etárias menores? Essa é realmente uma dieta apropriada para quem está em fase de desenvolvimento? Quais são as alternativas para alimentação dessas crianças? 

Em entrevista à CBN Vitória, a nutricionista do quadro Boa Mesa CBN,  Roberta Larica, fala sobre tudo que é necessário saber sobre a prática alimentar. Ela explica que cada vez mais estudos apontam para os benefícios desse estilo de vida. Entretanto, a especialista destaca que não tem como ignorar que, por não aceitar o consumo de alimento de origem animal, a dieta se torna altamente restritiva e, se não for feita de forma correta, pode causar danos à saúde.

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O problema não é a retirada da carne e dos alimentos de origem animal do cardápio. É sobre como os nutrientes que estão presentes no alimento, como as vitaminas B12, ferro, zinco e cálcio, serão repostas e adicionadas na alimentação. Por isso, muitas vezes é necessário um acompanhamento pediátrico e de nutricionista para que a criança tenha uma alimentação variada, colorida e com todos os nutrientes.

Roberta Larica
Nutricionista e comentarista da CBN Vitória
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Ouça a entrevista completa:

Entrevista com a nutricionista Roberta Larica, do quadro Boa Mesa CBN 

O crescimento da prática entre as famílias levou à necessidade de criação do Guia Prático sobre Vegetarianismo na Infância e na Adolescência, elaborado e criado pela Sociedade Brasileira de Pediatria.  "A partir desse guia, a organização auxilia com soluções que podem ser implementadas para suprimir a quantidade de vitaminas e alimentos necessários para o consumo diário na alimentação dos pequenos  e na elaboração de um cardápio que minimize as deficiências nutricionais", destaca. 

ALGUNS ALIMENTOS QUE PODEM SER TROCADOS: 

  • 01

    ALIMENTOS COM PROTEÍNA

    Segundo a especialista, esses alimentos são as principais fontes de energia do corpo, mas, ainda assim, podem ser facilmente substituídos na dieta. "O paciente pode inserir o tofu, a soja e os grãos — como a aveia, leguminosas, como a lentilha, feijão e abacate", destaca. 

  • 02

    ALIMENTOS COM FERRO

    O ferro é de extrema importância na vida das crianças, pois é responsável pela formação das células vermelhas do sangue — as hemácias, que fazem o transporte de oxigênio pelo corpo. Para substituir o mineral, a nutricionista indica o consumo de feijão, amêndoas, lentilha, folhas verde-escuras e sementes de girassol, de linhaça e de chia.

  • 03

    ALIMENTOS COM CÁLCIO

    O cálcio é um alimento de extrema importância na infância para uma plena e sadia formação e desenvolvimento dos ossos. Segundo a nutricionista, ele pode ser suprimido — mesmo que em menor quantidade — por frutas, feijão e verduras, como espinafre, tofu, brócolis, couve-flor e couve.

  • 04

    ALIMENTOS COM ZINCO

    De acordo com Roberta Larica, o zinco pode ser encontrado na ingestão de cereais integrais, feijões e castanhas. O mineral ajuda no crescimento e desenvolvimento do organismo. 

Por fim, Roberta Larica explica que é importante que as proteínas animais sejam retiradas gradualmente da alimentação da criança para que o organismo se acostume com a mudança na alimentação e pede que o responsável fique atento às reações do corpo da criança.

"Com uma mudança muito brusca, o organismo pode apresentar 'cansaço', levando a criança a ter um déficit de aprendizado e no crescimento. Por isso,  é importante ir monitorando a saúde e todos os exames e taxas necessários para um pleno funcionamento do corpo", finaliza.

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