Crimes Brutais sobre morte de Alexandre Martins
Crimes Brutais sobre morte de Alexandre Martins. Crédito: Arte AG

Crimes brutais: ascensão do juiz Alexandre Martins incomoda o crime organizado

Primeiro episódio da websérie sobre o assassinato de Alexandre Martins conta como o magistrado assassinado acabou atuando em força-tarefa para investigar autoridades envolvidas com o mundo da criminalidade

Tempo de leitura: 2min
Vitória
Publicado em 21/03/2023 às 08h12

O primeiro episódio da websérie documental “Crimes Brutais” sobre o assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, lançado nesta terça-feira (21) por A Gazeta, mostra como a “ascensão do juiz Alexandre Martins incomoda o crime organizado”.

A desorganização dos presídios capixabas e o crime organizado infiltrado em todas as áreas do setor público estão entre os pontos que marcaram o início da carreira do juiz, que tomou posse no cargo em 1998.

Alexandre Martins e outros dois colegas passaram a atuar como juízes auxiliares da Vara de Execuções Penais (5ª Vara Criminal de Vitória) em 2001 e logo depois passaram a receber ameaças por tentarem organizar a entrada e saída de presos do sistema prisional do Estado. Eles também fizeram denúncias contra o titular da Vara, o juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira, por conceder benefícios irregulares a presos.

O documentário traz relatos, depoimentos e cenas sobre essa realidade vivida no Espírito Santo no final dos anos 90 e início dos anos 2000, com homicídios sem solução, liberação irregular de presos e outras situações que envolviam a atuação de grupos de extermínio e motivaram o envio de uma missão especial de combate ao crime organizado para o Espírito Santo, em 2002.

O juiz assassinado e o colega dele Carlos Eduardo Lemos foram indicados pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) para atuarem nessa missão especial, dando decisões que confrontavam diretamente diversos integrantes do crime organizado no Estado.

O episódio traz ainda detalhes da transferência do coronel Walter Gomes Ferreira do Quartel Geral de Maruípe para o presídio da Papudinha, no Acre, em dezembro de 2002.  A decisão que determinou essa transferência foi assinada pelo juiz Alexandre Martins e o evento é visto como um dos motivos para que Ferreira encomendasse a morte do juiz. Ele foi condenado como mandante do assassinato e ainda cumpre pena.

Nesta quarta-feira (22), será publicado o segundo episódio, intitulado “Juiz Alexandre Martins é calado com a morte”. Já na quinta (23) será disponibilizado o episódio final, “20 anos de busca por justiça para Alexandre Martins”.

Websérie: Crimes Brutais - Alexandre Martins

Episódios e publicação
  1. “Ascensão do juiz incomoda o crime organizado” - terça-feira (21)
  2. “Juiz Alexandre Martins é calado com a morte” - quarta-feira (22)
  3. “20 anos de busca por justiça para o juiz Alexandre Martins” - quinta-feira (23)

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