O produtor rural Edmar Campagna cultiva árvores frutíferas exóticas e nativas da Mata Atlântica na localidade de Mundo Novo, no interior de Castelo, no Sul do Espírito Santo. No total, ele tem um banco de sementes e espécies com cerca de 250 variedades, como mangostão, fruta do milagre e rambutão.
Na propriedade de 22 hectares de Edmar, a maior parte de produção é a de mangostão – fruta conhecida como o manjar dos deuses e a mais gostosa do mundo. Ao todo, são 100 pés plantados há 30 anos e a produção varia de duas a quatro toneladas da fruta por ano.
O mangostão tem a casca roxa e, ao abri-la, é possível encontrar uma polpa branca e bem doce. No pé, quando madura, é até difícil de ver, pois se perde entre as folhas. Já as flores chamam a atenção pela coloração avermelhada.
Edmar contou como encontrou essa fruta exótica, que poucos conhecem. “Eu achei uma caixa em Vitória, comprei e assim, comecei a procura pelas mudas, Tinha na Bahia, então fui lá buscar e conheci a história do local”, lembrou.
As árvores de mangostão só começam a produzir o fruto a partir dos seis anos. E ele é tão raro que só é encontrado em escala comercial no Estado, em Linhares e em Castelo, na propriedade do Edmar. O produtor estima uma quantidade de 500 a 700 pés na plantação.
De acordo com o coordenador de fruticultura da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Ederaldo Flegler, são 10 hecteres da fruta no Estado. “Dois produtores em Linhares. No Estado são 850 plantas de mangostão”, informou.
A planta é resistente, mas precisa de um clima adequado para que os pés atinjam uma produção ideal, como explica o coordenador.
Além do mangostão, na propriedade de Edmar há diversas outras frutas, entre nativas e exóticas. Uma exótica que chama atenção é a fruta do milagre, que parece um grão de café maduro. Ela é de origem africana e chegou ao Brasil há 20 anos. No local, são, ao todo, 50 pés que crescem no formato de arbusto, porém a fruta ainda não é comercializada.
Vale ressaltar que ela tem uma característica bem especifica, visto que é rica em miraculina, uma proteína que age nas papilas gustativas e bloqueia a acidez e o azedume dos alimentos.
Quanto mais nutrientes, mais fácil entender porque essa fruta recebeu este nome. Isso porque ao mordê-la e, logo em seguida, chupar um limão, ela neutraliza a região da língua responsável por identificar o sabor azedo. Sendo assim, quem morde o limão depois de experimentar a fruta, não sente o sabor de azedo dele.
Com tantas variedades, o Edmar que continuar produzindo e fazer com que mais pessoas conheçam frutas tão diferentes. Para isso, ele distribui sementes e mudas para os moradores da região, a fim de disseminar essas espécies e reflorestar as propriedades.
Com informações da TV Gazeta Sul
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