O Espírito Santo dispõe hoje de 14 hospitais com leitos de UTI para atender pacientes com a Covid-19. Desses, nove já têm mais da metade das vagas ocupadas por pessoas infectadas pelo novo coronavírus. A taxa de ocupação é um dos indicadores do governo para definir as medidas de controle de disseminação da doença no Estado.
O levantamento reúne as vagas de terapia intensiva distribuídas pelos hospitais públicos, e também filantrópicos e particulares com os quais a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) firmou contratos para atendimento da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados, referentes a esta terça-feira (12), estão disponíveis no Painel Covid-19, ferramenta do governo com atualização diária.
Na Grande Vitória, o Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, é referência na rede estadual para os casos do novo coronavírus. Na unidade, das 183 vagas de UTI, 140 estão ocupadas, o que representa 76,5% da oferta.
No mesmo município, o Dório Silva teve leitos implantados para dar suporte no atendimento, e hoje são 34 vagas na terapia intensiva, das quais 30 estão sendo utilizadas, ou seja, 88,23%. Neste, a enfermaria também está chegando no limite de sua capacidade, com 83,87% de ocupação.
SATURAÇÃO
No Hospital Evangélico de Vila Velha, onde o Estado reservou 10 vagas na UTI e 10 na enfermaria para pacientes com a Covid-19, todas já estão ocupadas. Também está próximo da saturação o Santa Mônica, hospital particular em que a Sesa comprou 20 vagas de terapia intensiva e mais 35 de enfermaria. A taxa de ocupação está em 90% e 91,42%, respectivamente.
Saindo da região metropolitana, o Sul do Estado também concentra bastante demanda por leitos. Das 20 vagas de UTI do Hospital Evangélico de Itapemirim, 18 estão com pacientes. Na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim, a pressão maior é sobre as vagas de enfermaria: das 25 abertas na unidade, 20 estão sendo utilizadas no momento.
O monitoramento diário da taxa de ocupação de leitos é necessário tanto para a identificação de vagas para novos pacientes e remoção, quando necessária, quanto para definir medidas de contenção da Covid-19 no Estado. O subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, já mencionou a possibilidade de lockdown - bloqueio total de atividades - se o indicador ultrapassar a marca dos 80% das vagas de UTI no Espírito Santo. O levantamento mais recente indica 65,93%.
DIVISÃO DAS VAGAS
As vagas de UTI são divididas em duas categorias: coorte, cujos leitos podem ser agrupados porque os pacientes já foram diagnosticados com a Covid-19, e de isolamento, para pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e que ainda aguardam diagnóstico.
Quando são testados positivamente para a Covid-19, os pacientes são levados para os leitos exclusivos. Caso sejam descartados no exame PCR, são removidos para outros hospitais. Mas, se o teste é negativo e ainda existem indicativos clínicos para o novo coronavírus, o paciente é definido como inconclusivo, podendo ser submetido a novas avaliações clínicas, laboratoriais e de imagem, segundo informações da Sesa.
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