A versão inicial desta matéria trazia informação da Secretaria de Estado da Saúde de que o Espírito Santo acumulava 48 ocorrências da Mpox em 2024. Entretanto, a informação estava errada. Na manhã de sexta-feira (24), o órgão divulgou nota retificando o dado, sinalizando que foram registrados oito casos após a coleta de 48 amostras. Título e texto foram corrigidos.
Com surto declarado pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, a Mpox, doença anteriormente chamada de “varíola dos macacos”, volta a ser ponto de atenção por conta de uma nova variante mais agressiva (Clado 1b) no continente africano, que já registrou mais de 14 mil casos e 450 mortos entre janeiro e a segunda quinzena de agosto deste ano.
No Espírito Santo, em 2024, foram notificados 577 casos, com oito confirmações da doença no mesmo período. Não há registro de mortes por conta da Mpox nem de circulação da nova variante no Estado e no restante do país. A nova cepa diferencia-se da anterior por conta da sua facilidade de transmissão, por estar atingindo principalmente crianças e por se espalhar por diferentes meios, não apenas por contato e proximidade prolongada.
Apesar de o vírus ser apontado como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), segundo a própria OMS, não é preciso alarmismo por não se tratar de uma nova Covid. Entretanto, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), é necessário ter alguns cuidados para evitar infecção.
No Brasil, a vigilância é considerada prioridade para o Ministério da Saúde, que conta com um Centro de Operações de Emergência (COE) para monitorar a evolução da situação da doença no país que, no momento, tem baixo grau de risco.
A Mpox é uma doença zoonótica causada pelo vírus mpox (MPXV). A transmissão para humanos ocorre principalmente por meio do contato próximo e prolongado, como abraços, beijos ou relação sexual, com pessoas infectadas e que apresentam lesões na pele, erupções cutâneas, bolhas, crostas ou fluidos corporais, como secreções e sangue. O compartilhamento de objetos recentemente contaminados com fluidos ou materiais de lesões infectantes também podem transmitir a doença.
O número de lesões da pele pode ser variável, sendo levemente elevadas e preenchidas com um líquido claro ou amarelado, algumas vezes formando crostas que secam e caem da pele. As erupções cutâneas podem ser observadas na face, boca, troncos, mãos, pés ou qualquer outra parte do corpo. A forma mais comum de transmissão é justamente pelo contato com as feridas, além do compartilhamento de objetos contaminados com fluidos corporais.
A observação das autoridades de saúde é que a variante (Clado 1b), que circula na África Central, é mais fácil de transmitir e está afetando principalmente crianças. Ela também pode se espalhar por meio de diferentes modos de transmissão e não apenas por contato próximo e prolongado.
O cenário epidemiológico da Mpox no Brasil não apresentou mudança, ou seja, há estabilidade no volume de casos, mas em razão do alerta emitido pela OMS, a vigilância da doença é uma prioridade.
Após a publicação desta reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou um comunicado com correção sobre os casos de MPox no Espírito Santo registrados em 2022. De acordo com a secretaria, anteriormente, foi divulgado o número de 313 casos confirmados para MPox naquele ano, mas esse dado se referia, na verdade, ao número de amostras positivas e não de pacientes. Isso porque, segundo a Sesa, para cada caso suspeito da doença, são coletadas diversas amostras do mesmo paciente, referentes aos locais em que existem lesões aparentes no corpo. Assim, em 2022, houve 159 casos confirmados de MPox no Estado e não 313, como publicado inicialmente. O texto foi corrigido.
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