Após o anúncio do Ministério da Saúde autorizando a implementação da 3ª dose (D3) da vacina contra a Covid-19 na população mais vulnerável à doença, o governo do Estado informou que cerca de 254 mil pessoas no Espírito Santo serão contempladas. A maioria são idosos, a partir dos 70 anos, e também um grupo de imunosssuprimidos, público cujo sistema imunológico apresenta limitações para proteger o organismo.
O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, afirma que a previsão inicial é começar a aplicar a D3 na segunda quinzena de setembro, mas há uma expectativa de antecipar esse prazo, caso sejam resolvidas questões operacionais do Plano Nacional de Imunização (PNI) e no Estado, especialmente a disponibilidade de doses.
Pela projeção atual, Nésio Fernandes estima que a vacinação dessa parcela da população com a D3 seja concluída até o final de outubro. Ele ressalta que, para receber a dose de reforço, esse público precisa ter recebido a D2 (segunda dose) da Coronavac ou da Astrazeneca há pelo menos seis meses.
Questionado sobre o perfil de imunossuprimidos que vão ser atendidos, o secretário explica que depende do que vai ser estabelecido em nota técnica que ainda será publicada pelo ministério. Embora ainda sem definição do governo federal, pessoas com câncer ou HIV se encaixariam nesse público-alvo.
Para alcançar essas pessoas com a dose de reforço, Nésio Fernandes aponta que as prefeituras poderão utilizar-se da busca ativa ou dos sistemas de agendamento que já vêm adotando nas fases iniciais da campanha de imunização.
Por orientação do Ministério da Saúde, o imunizante da Pfizer deve ser usado prioritariamente nessa estratégia, mas também são permitidas as outras vacinas de vetor viral - Astrazeneca e Janssen.
Nésio Fernandes revela que vai priorizar a Pfizer, inclusive pela disponibilidade de doses, mas avalia que a medida não vai comprometer a estratégia de vacinação de adolescentes, também prevista para setembro.
Antes, o secretário trabalhava com a perspectiva de usar a Astrazeneca para a D3 e a Pfizer, nos adolescentes. A diferença é que, para a turma de 12 a 17 anos sem comorbidades, o início da imunização pode se estender para um momento posterior ao começo da aplicação da D3 nos idosos.
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