Apaixonado pelos mistérios do universo, o estudante capixaba João Emanuel Coslop Camporez, de 10 anos, conquistou uma medalha, num programa do governo federal com a Nasa, após identificar um asteroide. A premiação foi realizada nesta sexta-feira (20), em Brasília.
Morador de Vila Velha, João participou do "Caça Asteroides", realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com International Astronomical Search Collaboration (IASC) e a National Aeronautics and Space Administration (NASA). Durante o programa, foram disponibilizadas imagens para montagem de gifs e, a partir daí, os movimentos de possíveis asteroides em proximidade com a Terra eram monitorados para identificação.
A mãe do estudante, Elaine Coslop, acompanha a rotina do filho, que é aluno do Sesc de Vila Velha, e seu interesse precoce pelo universo. “ Desde pequenininho ele faz parte de um clube de ciências que é a primeira de astronomia mirim reconhecida pela Nasa. Lá tem muitas atividades voltadas para essa área, o que despertou ainda mais seu interesse”.
Além de participar das campanhas de caça asteroides, João é idealizador do "Projeto APT - Astronomia para Todos", que leva telescópios para a população observar o céu noturno nas praças de Vila Velha, e possui um currículo extenso de participações — e medalhas — em Olimpíadas.
Elaine se emociona ao falar do filho. “Olho para ele e não acredito o quanto já evoluiu, mesmo sendo uma criança. Ele nos inspira com sua sabedoria e ânsia de aprendizado."
Para receber a nova medalha, o garoto viajou acompanhado do pai, João Carlos Camporez, e participou da cerimônia de premiação durante a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Diagnosticado como uma criança neuroatípica superdotada, cuja capacidade de processar informações é mais rápida do que a maioria das pessoas, João Emanuel já participou, somente em 2023, de cinco campanhas de Caça Asteroides, descobrindo ao todo dez desses corpos celestes que serão analisados pela Nasa.
Ao se inscrever para a campanha, o IASC disponibiliza um sistema chamado Astrometric em que são disponibilizadas imagens do céu retiradas por um telescópio no Havaí.
Uma vez dentro do sistema, as imagens são convertidas em gifs, pelos quais são realizadas análises para detectar pontos em movimento.
A mãe de João Emanuel conta que, caso sejam detectados, os pontos são nomeados e passam por uma primeira avaliação em que, se for confirmado que é um asteroide, passam para uma próxima etapa em que serão avaliados e monitorados de um a cinco anos para concluir o processo.
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