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'Feliz por estar viva', diz vítima de acidente com cinco veículos em Vitória

'Feliz por estar viva', diz vítima de acidente com cinco veículos em Vitória

Após ônibus perder o controle e atingir quatro carros em rua de Jardim Camburi, mulher foi atropelada e quebrou a bacia em dois pontos, além de ter hematomas na perna e na cabeça

Publicado em 2 de julho de 2024 às 12:25

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Acidente deixou trânsito complicado em Vitória na noite da última sexta-feira (28)
Acidente deixou trânsito complicado em Vitória na noite da última sexta-feira (28). (Reprodução Redes Sociais / Montagem AG)
João Barbosa
Repórter / [email protected]

“Foi um momento de pânico [...], mas estou feliz por estar viva.” É assim que Mônica Freire fala sobre seu processo de recuperação após ser atropelada por um carro enquanto andava na calçada com seu marido e o filho. Na última sexta-feira (28), a esteticista de 38 anos, que é moradora de Goiabeiras, foi atingida em cheio por uma Fiat Strada, durante um acidente que envolveu mais três carros e um ônibus em Jardim Camburi, na Capital.

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Verdadeira sensação de pânico, tudo aconteceu em segundos. Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo comigo

Mônica Freire
Vítima de acidente com cinco veículos em Vitória
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Acompanhada do marido, Anderson, a mulher havia acabado de buscar o filho de seis anos na escola, quando viu o ônibus descendo a Rua José Celso Cláudio desgovernado. Segundo Mônica, o veículo estava em alta velocidade e parecia não ter freio.

Em questão de segundos, quatro carros foram atingidos e, com o impacto, uma caminhonete foi lançada contra Mônica e sua família. No acidente, ela fraturou a bacia em dois pontos e teve hematomas na perna e na parte inferior da cabeça.

“Na hora, minha reação foi pular em uma parte onde eu achei que o carro não ia me pegar, mas ele me acertou no quadril. Eu ouvi choro de criança e fiquei desesperada achando que era João, meu filho. Lembro de sentir muita dor e de ver uma aglomeração de pessoas enquanto esperava o socorro”, disse Mônica, em conversa com A Gazeta.

“Fiquei em pânico, na hora pensei no meu filho, no meu marido e até se a minha situação iria piorar. Era muita dor e pânico, mesmo tentando manter o controle. Agora tenho que ficar em repouso absoluto por pelo menos oito semanas”, conta.

Além da bacia quebrada, Mônica ficou com hematomas na perna e na cabeça
Além da bacia quebrada, Mônica ficou com hematomas na perna e na cabeça. (Arquivo Pessoal)

Região é perigosa e pode passar por melhorias

De acordo com Mônica, esse foi o único acidente sofrido em toda a sua vida e não esperava sofrer um justamente onde passa diariamente para levar e buscar o filho na escola.

“Nunca passei por nada disso na minha vida. Acontece que a região ali está bem perigosa. Vejo que existe um desrespeito muito grande por parte dos motoristas que não respeitam a sinalização, não usam a seta e, com isso, o pedestre fica até perdido”, afirma.

Ainda segundo Mônica, nenhum suporte foi oferecido a ela ou à sua família depois do acidente e, apesar do susto e dos ferimentos, diz que leva o processo de recuperação como um livramento. “Meu filho está bem, meu marido está bem e é isso que importa. Estou feliz por estar viva”, diz.

De acordo com a GVBus, empresa responsável pelo ônibus que teria causado o acidente, o veículo não teve falha mecânica, como constatado pela equipe de manutenção após avaliação realizada no coletivo. “A empresa entrou em contato com os responsáveis pelos veículos envolvidos no acidente para prestar assistência necessária”, informou a GVBus na noite do acidente.

Sinalização

Procurada pela reportagem de A Gazeta para informar o que pode ser feito na região para melhoria da segurança de pedestres e veículos, a Prefeitura de Vitória, através da Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana (Setran), informou que o local vai passar por avaliação para um possível reforço na sinalização já existente.

Atualmente, segundo a Setran, a Rua José Celso Cláudio é uma via coletora do bairro Jardim Camburi, que funciona como ligação com a Serra, tendo sinalização vertical de regulamentação de velocidade e também sinalizações horizontais.

Também procurada pela reportagem por ter a Avenida José Moreira Martins em ligação com a rua da Capital, a Secretaria de Obras da Serra (Seob) informou que a via que é de sua responsabilidade conta com sinalizações horizontais e verticais, além de quebra-molas distribuídos em sua extensão, tendo velocidade máxima regulamentada em 40 quilômetros por hora e que, ainda em julho, mais faixas elevadas serão implantadas na avenida.

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