> >
Incêndios crescem 73% em 2024 e ES tem em agosto a pior semana do ano

Incêndios crescem 73% em 2024 e ES tem em agosto a pior semana do ano

Dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Espaciais (Inpe), que listou para A Gazeta os municípios capixabas onde ocorreram mais incêndios neste ano

Publicado em 26 de agosto de 2024 às 12:08- Atualizado há 4 meses

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Incêndio em Rio Bananal neste sábado (24)
Incêndio registrado em Rio Bananal no sábado (24). Município tem 4 focos de incêndio registrados no ano. (Reprodução/Redes Sociais)

Espírito Santo registrou 310 focos de incêndio em 2024, segundo números atualizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Espaciais (Inpe) até o último domingo (25). O número é 73% maior que o registrado no mesmo período de 2023, quando houve 179 registros. O painel atualizado pelo Inpe mostra, por exemplo, que o Espírito Santo teve a pior semana do ano entre os dias 19 e 25 de agosto, quando foram registrados 44 focos de queimadas.

Nos últimos dias, A Gazeta registrou incêndios em municípios como Castelo, Mimoso do Sul, Rio Bananal e Colatina, exigindo o trabalho de servidores do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

Apesar do aumento nos registros, o Espírito Santo não está entre os Estados com maior quantidade de focos de incêndio. Os 310 registros correspondem a 0,3% do total de focos de incêndio em todo o país. Os Estados do Mato Grosso e do Pará lideram os registros. A situação encontrada no Estado de São Paulo também chama atenção. Houve recorde de focos de incêndio.

Entre os municípios com mais registros de incêndio no Espírito Santo, a maioria está na região Norte. Os números foram atualizados no domingo (25).

As cidades do Espírito Santo com mais focos de incêndio em 2024:

  1. Linhares - 28 focos de incêndio
  2. Aracruz - 24 focos de incêndio
  3. São Mateus - 24 focos de incêndio
  4. Cachoeiro de Itapemirim - 23 focos de incêndio
  5. Conceição da Barra - 15 focos de incêndio
  6. Santa Maria de Jetibá - 11 focos de incêndio
  7. Serra - 11 focos de incêndio
  8. Colatina - 10 focos de incêndio
  9. Nova Venécia - 10 focos de incêndio
  10. Itapemirim - 9 focos de incêndio
  11. Pinheiros 9 focos de incêndio
  12. Sooretama - 8 focos de incêndio
  13. Domingos Martins - 7 focos de incêndio
  14. Jaguaré - 6 focos de incêndio
  15. Montanha - 6 focos de incêndio

O painel atualizado pelo Inpe diariamente mostra que houve um crescimento no número de incêndios nesta época do ano. Entre janeiro e abril, o Espírito Santo chegou a registrar um foco no intervalo de sete dias. A quantidade de incêndios, no entanto, vem crescendo desde o mês de maio. O período entre o fim de julho e o início de agosto representou um aumento nos registros. Foram 44 focos de incêndio entre os dias 19 e 25 de agosto.

A época de aumento das queimadas corresponde ao período do inverno. Em julho, o governo do Espírito Santo definiu uma série de regras para a população e o setor produtivo, considerando a falta de chuvas. Foi recomendado o uso racional da água. Nos últimos dias, o Instituto Nacional de Meteorologia chegou a alertar sobre o risco de baixa umidade do ar, aumentando as chances de incêndio.

Número de incêndios por semana no Espírito Santo aumentou desde maio
Número de incêndios por semana no Espírito Santo aumentou desde maio. (Reprodução | INPE)

Até domingo (25), o Estado registrou 310 focos de incêndio. Em todo o ano de 2023, foram 546 registros. O ano com a maior quantidade de registros desde 1998, quando começou o monitoramento, foi 2015: 940 focos de incêndio.

O Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo informou que atua durante o ano todo no combate a incêndio, mas destacou que esta época do ano é "propícia para a ocorrência de incêndios em vegetação". Em nota, a corporação informou que os acionamentos devem ser feitos, em caso de necessidade, pelo telefone 193.

"O Corpo de Bombeiros Militar esclarece que as práticas de queimadas são proibidas, devido ao período de estiagem, de maio a outubro, em que o fogo foge facilmente do controle. As queimadas ilegais resultam em multa e pena que pode chegar a 4 anos de detenção, que podem ser agravados pelos danos provocados à fauna, pelas consequências e o local em que ocorreu o incêndio", informou em nota.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais