A Prefeitura de Linhares divulgou a informação nesta quarta-feira (31). Segundo a administração municipal, o teste para a confirmação do caso foi realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES), com a realização de exames de identificação genética do vírus.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Linhares, o homem passou por atendimento médico e ficou isolado por 21 dias. Ele continuará sendo monitorado pela Vigilância Epidemiológica Municipal, assim como as demais pessoas que tiveram contato com ele.
O homem procurou a rede de saúde de Linhares, recebeu atendimento médico e foi orientado a permanecer em isolamento domiciliar antes do resultado do exame. Após a confirmação, foi feito um acompanhamento em busca de possíveis casos suspeitos no município.
A Secretaria de Saúde de Linhares disse que a orientação é que a pessoa com sintomas da doença vá a uma unidade de saúde mais próxima e comunique a suspeita.
Este é o terceiro caso confirmado de varíola dos macacos no Norte do Espírito Santo. Nesta semana, houve confirmações em Aracruz e Pedro Canário.
Nesta terça-feira (30), a Secretaria de Estado da Saúde divulgou boletim confirmando 31 infectados por varíola dos macacos no Espírito Santo, além de 91 casos suspeitos em investigação. Com o caso confirmado em Linhares nesta quarta-feira, sobe para 32 o número de confirmações. Outras 80 notificações de suspeitas da doença foram descartadas. Por enquanto, segundo a Sesa, a doença segue restrita a adultos com idades entre 20 e 69 anos.
O boletim mostra que a doença se espalhou pelo Estado. Antes, as infecções eram registradas apenas na Grande Vitória. Agora há registros em cidades das regiões Norte e Sul.
Ainda conforme o boletim, a maioria das pessoas diagnosticadas com varíola dos macacos em território capixaba não teve contato com alguém que teve a doença, nem sequer a suspeita dela. Entre os 32 infectados, 26 deles são homens e nove são mulheres. Os sintomas mais frequentes entre os infectados no Estado são, nesta ordem:
Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.
De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.
De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como "cepa do Congo", pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.
O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.
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