Editora de Distribuição / [email protected]
Publicado em 16 de maio de 2024 às 17:57
A empresa que havia vencido o pregão para escolha da concessionária que vai administrar o Mercado da Capixaba, no Centro de Vitória, foi desclassificada do processo de licitação. Na tarde desta quinta-feira (16), após análise de documentação, a GWG Comércio & Administração Empresarial foi considerada inabilitada por não atender aos critérios de qualificação técnica exigidos no certame. >
O pregão começou às 10h de quarta-feira (15), com a abertura das propostas, e poucos minutos depois a GWG foi declarada vencedora, com um lance de R$ 54.960,00. Agora, com a saída da GWG, que tem sede em Rio das Ostras (RJ), a única outra empresa que manifestou interesse na gestão, o Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa (IBGP), poderá arrematar o leilão. No entanto, o resultado ainda depende de análises dos documentos enviados pela proponente, que é de Belo Horizonte (MG).>
No laudo de inabilitação, a análise da Comissão Permanente de Licitação e Pregão aponta que o atestado apresentado pela GWG para comprovar sua qualificação técnica “não faz menção à atuação no ramo de gestão comercial e ao desenvolvimento e implantação de empreendimento relacionado ao objeto, limitando-se a transações imobiliárias”.>
Outro motivo apontado pela comissão para retirar a empresa do certame é que a responsável pela assinatura do atestado de capacidade técnica é, também, uma das sócias da GWG. A avaliação é de que o documento não traz segurança jurídica e, portanto, a empresa deve ser desclassificada. >
>
Agora, está aberta a negociação com o Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa, que havia ficado em segundo lugar. Nesse tipo de certame, ganha a empresa que oferecer o maior valor, que deverá ser pago à prefeitura pela concessão. >
A empresa ofereceu um lance de R$ 54.959,40 (o valor corresponde ao pagamento mensal que a concessionária deverá fazer à Prefeitura de Vitória). No entanto, a administração municipal fez uma contraproposta no valor de R$ 55 mil. O IBGP tem até as 9h30 desta sexta-feira (17) para enviar os documentos, caso queira se manter na disputa. >
A empresa vencedora da concessão ficará responsável por administrar os módulos comerciais do Mercado da Capixaba, que passa por obras de restauração desde 2022. A previsão da prefeitura, caso o contrato de concessão ocorra dentro do prazo, é de inaugurar o espaço em julho deste ano. >
A restauração do espaço, que será destinado à gastronomia e à cultura do Espírito Santo, é esperada há 20 anos, desde que um incêndio destruiu a construção histórica. As obras começaram efetivamente no segundo semestre de 2022.>
Entre as obrigações da empresa que assumirá a concessão, está a de manter metade dos estabelecimentos voltados à gastronomia abertos todos os dias, podendo haver alternância entre eles. Além disso, nos primeiros 90 dias, a concessionária deve garantir o funcionamento de metade do total dos módulos comerciais do mercado e, em até 180 dias, 80%. >
Outro benefício que a prefeitura pretende dar à empresa que assumirá o Mercado da Capixaba é desconto no aluguel. No primeiro ano, a concessionária pagará apenas 60% do valor oferecido na licitação. No segundo, passará a pagar 70%; 80%, no terceiro; e, sucessivamente, até o pagamento do valor integral oferecido no certame.>
No edital de concessão do espaço, consta uma sugestão de destinação dos módulos comerciais. Essa especificação é necessária, pois espaços onde ficarão restaurantes dependem da estrutura de gás. Além disso, há uma observação de que, entre os espaços gastronômicos, tenham no mínimo dois especializados em culinária típica capixaba. >
As lojas 1, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 12 devem abrigar restaurantes, bares, choperias e cervejarias artesanais, lanchonetes, bistrôs, cafeterias, pastelarias e confeitarias. Esses espaços contam com estrutura de gás canalizado.>
Nos outros módulos, é vedada a utilização de gás por qualquer meio, como botijas. É permitido, no entanto, equipamentos elétricos, desde que o volume seja compatível com a capacidade da rede elétrica.>
Para as lojas 2, 11, 13, 15 e 16, é sugerido: sorveteria, empório ou mercearia, boutique de carnes, comercialização no sistema varejista de produtos hortifrúti, laticínios, doces, salgados e assemelhados, bares, choperias e cervejaria artesanais, lanchonetes, bistrôs, cafeterias, pastelarias, confeitarias>
Para os módulos 3 e 14, são esperadas lojas de artesanato — local e regional, como de panelas de barro —, galeria de arte, livraria ou sebo, souvenires e floriculturas.>
Por fim, nas salas 1 e 2, que ficam no mezanino, são esperados: auditórios, salas de projeção, pubs ou bares temáticos, choperias e cervejarias artesanais, bistrôs, cafeterias, confeitarias e serviços financeiros. Vale lembrar que o módulo 1 conta com a estrutura de gás encanado. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta