O Estado nunca proibiu o uso da cloroquina. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante uma coletiva de imprensa na manhã deste sábado (20).
O objetivo do pronunciamento aos jornalistas foi esclarecer o ofício enviado às secretarias de saúde municipais sobre os protocolos para utilização da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes infectados pela Covid-19.
De acordo com o secretário, o documento foi enviado às prefeituras nesta semana para que os municípios que quiserem utilizar o medicamento em quem apresenta quadros leves da doença. Ele também informou que apresentou o posicionamento do Estado a deputados, senadores, profissionais de medicina e outros órgãos públicos.
Até a noite de sexta-feira (19), o Espírito Santo registrou 1.267 mortes pelo coronavírus e teve mais de 33 mil casos confirmados do novo coronavírus. Ainda na sexta, o Estado registrou o nível mais baixo de isolamento social dos últimos três meses, sendo respeitado por apenas 35,3% da população.
O Espírito Santo mantém a orientação da nota técnica 42, que estabelece a não recomendação do uso da cloroquina com prescrição universal em pacientes graves ou leves. Apesar de o Estado não recomendar a utilização do remédio, não foi feita nenhuma proibição sobre o uso por parte dos municípios e planos de saúde que quiserem fazer uso do remédio, afirmou Nésio.
Durante a coletiva o secretário ainda comentou o uso de informações falsas construídas em torno do assunto. Nunca proibimos o uso da cloroquina na rede pública ou privada. A nota técnica que publicamos apenas apresenta orientação e padronizações com recomendações ou não do uso. Foram criadas fake news em torno desse assunto dizendo que o Estado proibiu a utilização do remédio, o que não é verdade. Respeitamos o município que quer usar, declarou.
O secretário disse ainda que a Sesa conta um um grupo de profissionais que avaliam semanalmente as orientações sobre a utilização da cloroquina ao redor do mundo. A cada semana, há estudos que passam a sugerir que não há benefício do uso do medicamento.
À medida que o tempo passa há estudos que indicam que não há benefício no uso da cloroquina em pacientes com sintomas graves ou leve da doença. O combate ao vírus é feito com isolamento social, já que não há vacina ou medicamentos contra a doença, destacou.
O governo estadual, segundo o secretário, vai enviar o medicamento aos municípios que desejarem fazer uso da cloroquina. A pandemia desafia todas as instituições e nesse momento é preciso a união de todos para o enfrentamento da doença, disse.
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