Em tempos de mensagens de texto instantâneas e notificações em redes sociais, até o e-mail — que já foi símbolo de comunicação moderna — parece antigo ou até formal demais. Nesse contexto, todo o charme das boas e velhas cartas pode, supostamente, ter sido deixado de lado. A carreira de carteiro, no entanto, segue firme. Mas, atualmente, o que eles fazem? A reportagem de A Gazeta acompanhou um dia de trabalho dessa profissão e o resultado pode ser visto no vídeo acima.
Primeiramente, é preciso diferenciar o serviço de um carteiro. Esse profissional é aquele que vai a pé deixando envelopes ou telegramas nas caixinhas de correios, não aquele que vai de van ou moto entregando objetos, como aqueles comprados pela internet, que desenvolvem serviços como o Sedex.
Veja vídeo:
Um desses profissionais é o carteiro Leandro Gera Burim, que tem mais de 20 anos de experiência. Nesse tempo, ele viu algumas coisas mudarem. "Quando entrei eram muitas cartas simples e poucas cartas registradas. E teve essa mudança. As cartas simples diminuíram e as cartas registradas aumentaram bastante", disse ele.
Carta simples é aquela que uma pessoa manda para outra, sobre qualquer coisa. A registrada é uma comunicação formal, com aviso de recebimento, como as enviadas por empresas.
Leandro também já viveu momentos inusitados. Se nos desenhos animados é comum a cena de um cachorro correndo atrás de um carteiro, em Vitória quem o perseguiu foi um ganso.
No universo postal, o conceito de carta é mais abrangente. No envio entre pessoas físicas, podem haver os mais diferentes conteúdos, além da carta tradicional, tais como convites, documentos diversos, material de divulgação e outros. Dessa forma, não é possível precisar o quantitativo somente de cartas convencionais postadas, segundo os Correios.
Ainda conforme a empresa estatal de logística, o segmento de mensagens inclui cartas simples, cartas registradas, telegramas, entre outros. Os envios são majoritariamente de pessoas jurídicas e as mensagens costumam ser comunicados, boletos e documentos, a chamada “comunicação formal”.
Segundo dados da empresa, o volume de mensagens caiu 73% nos últimos 15 anos, mas ainda são mais de 2 bilhões de mensagens enviadas por ano nos Correios.
Apesar das mudanças tecnológicas terem feito o número de mensagens enviadas pelos Correios cair, dando lugar a formatos digitais, a profissão de carteiro ainda encanta a nova geração. No início de julho, o pequeno Luiz Rodrigues Pulchera, morador de Barcelona, na Serra, surpreendeu ao escolher que o tema da sua festa de aniversário de 5 anos seria os Correios.
"Luiz ama receber encomendas e, ao ir adquirindo maturidade, já foi associando os Correios às entregas recebidas. Depois que ele viu um brinquedo chegando para ele pela empresa, e toda vez que via o carro dos Correios passar, ele já queria saber se receberia algo", contou a terapeuta Bárbara Rodrigues dos Santos Pulchera, mãe de Luiz.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta