As polêmicas marcaram não só a vida de Maria Nilce dos Santos Magalhães, mas também a sua morte. Jornalista, apresentadora, empresária e colunista social, com uma escrita afiada, acreditava que “é preciso um pouco de medo para ter o respeito”, como ela mesmo repetia, e gostava da fama de ser uma mulher temida. “Eu tenho um orgulho enorme de ter criado essa fama aqui em Vitória”.
Em várias entrevistas, destacou que fazia uma coluna autêntica, onde dizia tudo o que pensava e que não tinha medo de falar a verdade. “Não procuro agradar a ninguém. Eu falo a verdade. Elogio quem merece o elogio e dou cacetada em quem merece a cacetada”, declarou.
No dia 5 de outubro de 1989, no entanto, sua voz foi calada. O marco dos 31 anos do assassinato de Maria Nilce é o tema do segundo episódio do Podcast da série de A Gazeta Crimes Brutais, que resgata fatos marcantes da história do Espírito Santo. O primeiro abordou o assassinato de Isabela Cassani, há 20 anos. Aperte o play abaixo e confira os detalhes da execução que chocou os capixabas.
QUEM FOI MARIA NILCE
- Quem era: jornalista, apresentadora e escritora, Maria Nilce dos Santos Magalhães era proprietária do Jornal da Cidade. Atuou em vários veículos no Espírito Santo.
- Família: casada com o jornalista Djalma Magalhães, deixou 4 filhos. Uma delas, Mila, a acompanhava no dia do crime.
- Livros: é autora de cinco livros de crônicas. Junto como o marido, escreveu outros dois sobre personalidades do Espírito Santo.
- Empreendedorismo: nos últimos anos, ela realizava almoços que comemoravam o dia internacional da mulher, onde reunia as empreendedoras capixabas que se destacavam, algumas citadas em seu livro.
- Polêmica: era famosa por uma escrita afiada e cheia de personalidade que conquistou alguns desafetos na alta sociedade capixaba. Em diversas entrevistas, Maria Nilce relatava “que não tinha medo de dizer a verdade”. Em relação ao temor que causava, afirmava que “sem temor não havia respeito” e que "as pessoas respeitavam Maria Nilce”. Em seu jornal, segundo a família, publicava fatos do dia a dia. “Às vezes polêmicos, mas não eram calúnias”, pontua o filho Juca Magalhães.
Maria Nilce dos Santos Magalhães
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