Um prédio residencial em construção na cidade de Vila Velha, Grande Vitória, será o mais alto do Espírito Santo e vai, inclusive, superar a altura do Convento da Penha. O Taj Home Resort, localizado no bairro Jockey de Itaparica, tem previsão para ficar pronto em 2026. O empreendimento terá 158 m de altura e será mais alto que o Convento, com seus 154 m medidos a partir do nível do mar.
A reportagem de A Gazeta preparou um infográfico que mostra as alturas das edificações mais altas do Estado. Os dados foram checados nos últimos meses com prefeituras da Região Metropolitana, construtoras e incorporadoras. Confira abaixo.
PRÉDIO MAIS ALTO DO ESTADO
Segundo a Grand Construtora, responsável pela edificação, o Taj Home Resort será um empreendimento de alto padrão com duas torres residenciais. A menor terá 25 pavimentos, enquanto a maior contará com 50 andares. Ao todo, são 390 unidades habitacionais, vendidas a partir de R$ 2,150.645,00 cada.
Ainda de acordo com a Grand, além das duas torres, haverá uma área de lazer semelhante a um resort cinco estrelas, com quadras poliesportivas, de tênis e squash, spa, spinning, academia, brinquedoteca, adega, piscina com mais de 1 mil m², espaço pet, mercearia 24 horas, cross training e um beach club localizado na frente da praia para dar suporte aos moradores.
VILA VELHA: CAPITAL DOS ARRANHA-CÉUS
As informações levantadas apontam que Vitória tem atualmente o prédio construído mais alto do Estado, o Highline Square, localizado na Enseada do Suá. A Capital, no entanto, deve perder o posto de endereço das edificações mais altas para o município canela-verde.
Para os próximos anos, estão previstas a inauguração do Taj Home Resort, com 158,0 m de altura; do Infinity, com 118,23; e do Villa Felice, com 112,0 m, todos em Vila Velha.
Na avaliação do Mestre em Arquitetura e Cidade Héliomar Venâncio, a legislação de Vila Velha é hoje a mais avançada em relação a prédios mais altos nas quadras afastadas do mar e o município possui uma topografia viária que permite alternativas no trânsito para absorver construções mais elevadas.
“Uma outra vantagem é a dimensão maior de lotes na região de Itaparica que, com a Terceira Ponte, ficou mais próxima da Capital. Por isto, o cenário de Vila Velha é mais propício no momento para esse tipo de empreendimento”, destaca.
Sobre Vitória, Venâncio entende que as leis impostas pelo Plano Diretor Municipal (PDM), lotes pequenos e a tradição da população em morar em casas em bairros, como Mata da Praia, Ilha do Boi e Ilha do Frade, não incentivaram as pessoas com mais poder aquisitivo a consumir o produto arranha-céus.
“Isso levou os empreendedores a não pressionarem os legisladores a ampliar a altura das edificações, além das alturas existentes, e dificuldades técnicas podem ter influenciado esta equação, pois boa parte dos bairros nobres foi construída sobre aterro, e teria um grande investimento nas fundações destes prédios gigantes."
"E lógico, hoje existe uma carência muito grande de lotes para este tipo de empreendimento em Vitória, além da importante questão do adensamento ao trânsito, que causaria um prédio alto como um arranha-céu”, finaliza Venâncio.
Taj Home Resort, em Vila Velha
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