Os portões da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Goiabeiras, em Vitória, amanheceram fechados nesta segunda-feira (15) devido à greve promovida por professores universitários, que exigem reajuste salarial. Há pouco mais de um mês os servidores de áreas técnicas e administrativas já haviam iniciado paralisação.
As entradas para pedestres e para veículos foram interditadas com faixas e cartazes. O professor Rafael Bellan explicou ao repórter Kaíque Dias, da TV Gazeta, que na manhã desta segunda-feira acontece o primeiro ato político e convida a comunidade universitária a participar.
Outro ponto levantado pela comunidade universitária é o orçamento repassado às universidades federais. Segundo o professor, o orçamento atual tem a mesma margem do repassado em 2010 e isso dificulta muito que as atividades nas universidades sejam realizadas.
A greve foi anunciada na última terça-feira (9) após a proposta ter sido aprovada com 123 votos a favor e 65 em outra proposta —que havia a permanência do estado de greve, mas sem data para início do movimento— na sede na Assembleia dos Docentes da Ufes (Adufes). A reivindicação é para 22,71% de reajuste, dividido em três parcelas iguais em 2024, 2025 e 2026. Já o governo federal propõe reajuste zero para este ano, e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026.
A paralisação é uma pauta nacional e recebeu o apoio de estudantes e outros servidores da Ufes. Alunos, técnicos e professores federais da Universidade Federal do Espírito Santo foram para Brasília, no Distrito Federal, onde seguem realizando as reivindicações. As atividades essenciais da universidade serão mantidas durante a greve, afirmou o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
Outras exigências feitas pelos docentes é a equiparação dos benefícios e auxílios oferecidos ao Legislativo e Judiciário. Além da Ufes, o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) também aderiu à greve, sendo iniciada na última terça-feira (9)
"Administração Central da Ufes informa que, devido à greve dos servidores técnico-administrativos, iniciada no mês de março, e a dos professores, deflagrada nesta segunda-feira, 15, os portões de acesso ao campus de Goiabeiras foram bloqueados pelo movimento paredista, estando impedido o acesso para veículos e pedestres. Em virtude disso, todas as atividades presenciais do campus de Goiabeiras estão suspensas nesta segunda-feira.
Administração Central da Ufes informa ainda que, em reunião realizada na semana passada com a diretoria da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), onde também foi conversado sobre a paralisação, em nenhum momento a gestão da Universidade foi comunicada sobre esta ação, que prejudica não só a circulação dentro do campus, mas impede, por exemplo, o funcionamento do restaurante universitário no dia de hoje, em Goiabeiras, o fornecimento de refeições para o campus de Maruípe e demais serviços como agências bancárias, cantinas, etc."
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