Término da transmissão
Depois de pouco mais de 1 hora de transmissão, o secretário Nésio Fernandes encerrou a entrevista coletiva desta segunda-feira (28).
Secretário: "vacina boa é vacina no braço"
"Temos ainda uma situação de pandemia e qualquer sintoma respiratório precisa ser vinculado à infecção. Nós precisamos entender que a pandemia ainda está em franca atividade no Brasil e que precisamos romper a cadeia de transmissão de casos. Quando chegar a sua vez de vacinar, não escolha a vacina. Todas são eficazes e seguras. Não há razões científicas para que haja uma preferência da vacina. Vacina boa é a vacina aplicada no braço, para que a gente possa viver um novo tempo e superar a pandemia", conclui Nésio.
Secretário fala sobre vacinação de adolescentes
"O ministro da saúde, durante a reunião na quarta-feira passada, informou que o Ministério também avalia e entende como necessária a inclusão dos adolescentes na vacinação contra a Covid-19, mas que ela ainda vai ser avaliada durante o mês de julho. A decisão deve ser tomada em agosto ou setembro. O Estado avalia ações internas no que diz respeito a adolescentes com comorbidades", esclarece Nésio.
Testagem pode ser ampliada em terminal de Vila Velha
"Nós estamos avaliando as testagens nos dois terminais e nesta semana vamos tomar a decisão de ampliação de mais um terminal, provavelmente no município de Vila Velha", afirma Reblin.
Sesa estuda modos de evitar "turismo de vacina"
"Isso faz com que o Espírito Santo seja alvo do que é chamado de "turismo de vacina", principalmente nos municípios que têm agendamento on-line. Do ponto de vista legal, não há nenhuma infração. No entanto, os Estados que acabam tendo uma maior pressão nesse tipo de acesso podem ter um prejuízo da cobertura vacinal no seu Estado. Por isso, algumas estratégias estão sendo avaliadas na Sesa. Assim que houver conclusões, vamos dar a devida publicidade. É estudada, por exemplo, a exigência do título de eleitor na vacinação. Quando estiver implementada a plataforma do Espírito Santo, o bloqueio de IPs de outros Estados...", explica Nésio.
ES não tem circulação da variante delta
"Nós temos um sistema de vigilância que é composto pelo ingresso de pessoas via marítima que a Anvisa controla os navios vindos de todos os países. Portanto, consegue constatar se alguém adoeceu e as medidas são adotadas. Ou o isolamento do navio, testagem dos tripulantes... se faz o rastreio também, com envio para a Fiocruz, para fazer a genotipagem desse vírus. A outra via, que é a aérea, a Anvisa adotou critérios mais robustos para identificar as pessoas que vêm dos países em que essa variante delta está circulando. Nós aqui, com o nosso ponto de coleta no aeroporto, também temos esse objetivo. Até este momento, não temos identificada a transmissão dessa variante", garante Reblin.
Mais 500 mil testes de antígenos para o ES
O subsecretário Luiz Carlos Reblin afirmou que está em aquisição mais de 500 mil testes de antígenos para o Espírito Santo.
Vacinação: faixa etária 30+ em julho em todo o ES
"Temos a expectativa de vacinar com a D1 toda a população com mais de 18 anos até setembro, caso confirmadas as doses do Ministério da Saúde. Devemos alcançar em julho, em todo o Estado, a faixa de 30 anos ou mais. Não é adequado que os municípios façam competição para o avanço da faixa etária, sem ter, de fato, a cobertura necessária, que é de 90%. Isso leva a uma dificuldade maior à população para alcançar a vacina", esclarece Nésio.
60 mil doses da Jassen devem vir para o ES
De acordo com o secretário Nésio Fernandes, das três milhões de doses da Jassen, aproximadamente 60 mil devem vir ao Espírito Santo e serão distribuídas a todos os municípios capixabas.
Junho vermelho: se puder, doe sangue!
"Esse é um período de estímulo à doação de sangue. As pessoas devem procurar saber se há um ponto de doação e procurar fazer essa importante ação de saúde pública. Tem muita gente que precisa no momento da cirurgia, do acidente, mas muitas que precisam no cotidiano. Aqueles que são doadores e aqueles que não fizeram, aproveitem o estímulo no mês de junho", pede Reblin.
Subsecretário: "a qualquer sintoma, faça o teste"
"Temos vários locais de aplicação de testes de antígenos. O resultado sai em poucos minutos. Temos uma imensidão de unidades que tem eles disponíveis. A dificuldade está diminuindo. As pessoas devem, ao primeiro sintoma, não justificar como resfriado comum. O que mais circula entre nós é Covid-19. Para tirar a dúvida: o teste. Se deu positivo: isolamento e estimular a testagem dos seus contatos", reforça Reblin.
"Viana vacinada": Dia D será em 8 de agosto
"Foi aprovada a antecipação de 12 para oito semanas da D2 da dose ajustada da AstraZeneca. Temos a grande expectativa de que, em julho, a gente possa divulgar resultados iniciais em Viana. O Dia D será no dia 8 de agosto", confirma Nésio.
Anúncio de seis grupos prioritários em julho
"O governador deverá anunciar para julho os últimos seis grupos prioritários, que fazem parte do PNI. Continuando com 80% (das doses) para faixa etária e 20% mais a reserva técnica para os grupos prioritários", anuncia Reblin.
ES teve aumento de 50% na internação de jovens
"No Espírito Santo tivemos um aumento da população não idosa evoluindo a óbito. Tivemos um aumento de 50% na internação de jovens. No entanto, ainda predominou uma expressão clínica das variantes originárias, com pacientes de perfil idoso", lembra Nésio.
Secretário: "não podemos esquecer as vidas levadas e o que deixou de ser feito no país"
"O cenário futuro também será um momento em que não podemos permitir o esquecimento das pessoas que nós perdemos, das vidas que foram levadas pela pandemia e de tudo aquilo que não foi feito no nosso país e que levou a uma grande exposição da população a quadro grave e óbito pela Covid-19. Vivemos no país uma grande fase de aceleração da curva de casos, entre fevereiro e abril, que foi praticamente simultânea. Poderia ter sido completamente diferente no comportamento de óbitos dos idosos e com comorbidade, se tivéssemos iniciado a vacinação a partir da segunda quinzena de dezembro. No entanto, quando começaram a ser aplicadas, já estava estabelecida a fase de aceleração", ressalta Nésio.
Vacine-se, com qualquer uma das vacinas!
"Temos que vacinar o maior número de pessoas independentemente da vacina, porque isso interrompe a transmissão da doença. Qualquer que seja a vacina disponível, procure o seu município para verificar a vacinação", pede Reblin.
Subsecretário: "a vacina é nossa grande aposta"
"A vacina é a nossa grande aposta no controle da doença. Não é vacinando que vamos abrir mão de todos os protocolos estabelecidos. A vacina protege principalmente dos casos graves e óbitos. Estamos aguardando para hoje a remessa desta semana, lembrando que temos vacina disponível para D2 para vários segmentos e chamamos atenção de quem já está na hora de tomar a segunda dose", diz o subsecretário de vigilância em saúde, Luiz Carlos Reblin.
Adolescentes podem ser vacinados até dezembro
"Podemos trabalhar com a perspectiva de alcançar, até dezembro, adolescentes de 12 a 17 anos com as vacinas que já estão reconhecidas para essa faixa etária pela Anvisa", adianta Nésio.
Imunidade de rebanho prevista para 2º semestre
"Com as medidas, a vigilância ativa e genômica, o Estado possa detectar a transmissão de novas variantes e romper a transmissão. Acreditamos que o segundo semestre possa ser de grande êxito de controle da pandemia em território brasileiro. Nós devemos, sim, alcançar a imunidade segura por vacinas em toda a população adulta do nosso país", afirma Nésio.
Principais ameaças: cepa P1 e outras variantes
"A quarta onda é possível, principalmente, diante de duas ameaças principais. A primeira é a possibilidade da variante P1, que diferente das outras afeta a população mais jovem e leva a uma maior evolução de hospitalização e óbito. No Espírito Santo ela ainda não assumiu predominância até o momento. Acreditamos que, em um contexto de três expansões e avanço robusto de vacinação, é pouco provável que, em um curso pequenos de dias, novas variante possam assumir transmissão comunitária. Mas essa é a segunda ameaça: a inserção de variantes que tenham escape vacinal ou de contaminação anterior", alerta Nésio.
Obrigatoriedade de aula presencial no 2º semestre
"Prevemos a retomada da obrigatoriedade do ensino presencial, com a centralidade que a educação tem na formação da juventude. Fechar as escolas foi uma das maiores violências na sociedade contemporânea", anuncia Nésio.
Agosto e setembro como período de transição
"Devemos ter no segundo semestre, ao longo de agosto e setembro, o início de período de transição segura. Não teremos uma retomada plena ainda. Retomada plena de serviços de saúde, educação, e atividades econômicas e sociais com muitas revisões nas medidas qualificadas de cada risco", adianta Nésio.
Secretário: "mês de julho como alerta"
"Temos o mês de julho como alerta, com poucas flexibilizações, em que não passamos de mais de 50% da população coberta por vacina, em um mês que favorecem lugares fechados", ressalta Nésio.
Secretário: "população 18+ com 1ª dose em setembro"
"Nós temos a probabilidade grande de, no mês de setembro, ter alcançado toda a população capixaba com mais de 18 anos com, pelo menos, uma dose da vacina. Temos expectativa de que, no mês de julho, sejam encaminhadas mais de 1 milhão de doses", anuncia Nésio.
Secretário analisa 3ª onda da Covid-19 no ES
"No entanto, a partir do final de fevereiro, vivemos uma nova fase de aceleração: a terceira fase de expansão, que aconteceu em plenitude de disseminação da doença, inclusive nas zonas rurais. Sucessão de atividades sociais de Natal, Ano Novo e Natal, com sazonalidade de doenças respiratórias e variantes desenharam o comportamento. Foi muito violenta e levou grande parte da população idosa ao contágio da pandemia. Nós tivemos uma quarentena de praticamente três semanas, com uma fase de platô de uma semana, enquanto na primeira e segunda ondas tivemos um platô de seis a sete semanas. Nós tivemos também um momento de aceleração de alcance da vacinação", segue Nésio.
Secretário comenta 2ª onda no ES
"Durante a primeira expansão, os municípios com menos de 20 mil habitantes tiveram uma circulação tímida. Na segunda expansão, ao final do ano passado, tivemos na Grande Vitória e no interior uma nova onda. Eles foram distintos principalmente porque representou no Espírito Santo a circulação da doença. Tivemos uma sequência de atitudes de exposição ao vírus, ainda sem vacinação. Nos últimos dias de janeiro, iniciamos o processo de vacinação na população capixaba", continua Nésio.
Secretário relembra 1ª onda da Covid-19
"Nós já vivemos três grandes ondas da Covid-19. As três foram distintas, cada uma com suas características. Nós reconhecemos que a primeira expansão ocorreu no Espírito Santo de maneira precoce à circulação comunitária do vírus na grande maioria do território nacional. Nós tivemos uma primeira expansão a partir da segunda quinzena do mês de abril, em um contexto de ausência de imunidade cruzada ou vacinação. Ocorreu principalmente nos municípios maiores e medianos, até a segunda quinzena de junho. Com o aumento no interior, tivemos um período de platô até agosto", relembra Nésio.
Sesa anunciará possíveis cenários futuros
"Como havia sido anunciado anteriormente, passamos os últimos 15 dias fazendo a análise de uma série de indicadores e faremos uma breve síntese no que diz respeito à pandemia no nosso Estado e os cenários para o futuro", anuncia Nésio Fernandes.
Início da transmissão
À frente da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o secretário Nésio Fernandes deu início à entrevista coletiva desta segunda-feira (28), na qual informará a atual situação da pandemia do novo coronavírus no Espírito Santo. Acompanhe com A Gazeta.
Este vídeo pode te interessar
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.