Fim da transmissão
Ao lado do gerente estadual de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, da médica infectologista Cristiana Costa Gomes, e do médico, também infectologista, Crispim Cerutti, o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin encerrou a transmissão ao vivo.
Inquérito será modificado
"Em abril, não tínhamos nem testes. Passados alguns meses, temos resultados e uma gama de informações importantes. A prevalência não diminuiu, mas detectamos a prevalência de quem não circula, de quem ficou em casa. É uma informação importante para nós. E compreendemos que vamos precisar mudar o formato do nosso inquérito. Para população escolar, indígena, população prisional... As equipes devem se apropriar dessas ferramentas. Vamos aperfeiçoar ainda mais a forma de coletar essas informações".
"Aguardar a vacina é um equívoco"
"Nossa grande arma nessa pandemia é o conhecimento. Estamos vivenciando uma situação muito difícil, problema sanitário de grande impacto na população, conhecendo sua forma de se comportar. Aguardar a vacina é um equívoco. Precisamos estruturar a sociedade baseado no que conhecemos da doença. Coisas como: retomada de atividades comerciais, retorno das escolas, vai ser definido pela maneira como entendemos e das formas que lidamos para garantir segurança sanitária, independentemente das perspectivas futuras. Com distanciamento, uso de máscaras, higienização das mãos, você também protege o outro".
Inquérito Escolar
"Os dados da segunda etapa do segundo inquérito foram semelhantes em relação à primeira etapa. Desta forma, o grupo de assessoramento recomendou não dar continuidade ao modelo de inquérito domiciliar em dias de semana. O grupo está discutindo novos modelos para continuar atendendo às prioridades de respostas às perguntas que possam auxiliar à gestão. Dentro das perspectivas no futuro próximo, está a realização de um Inquérito Escolar"
Infecção entre mais jovens
"Com relação a idade dos participante do 2º inquérito na segunda etapa, os positivos eram, em média, 2,7 anos mais jovens qe os negativos. Entre os participantes com teste positivo, houve predomínio nas faixas etárias de 20 a 39 anos e de 40 a 59 anos e foi menor a probabilidade de teste positivo entre aqueles de 80 a 104 anos. Houve predomínio de positivos entre os pardos e pretos com probabilidade 30% menos de um indivíduo de raça branca ser positivo. Não houve diferença estatisticamente significante quanto à escolaridade".
Prevalência
"No inquérito um percebemos que tínhamos entre 6 e 9 pessoas com coronavírus. Por isso a estratégia de realização do inquérito para ter uma noção. Existe um ponto em que a prevalência para de crescer. Chegamos ao ápice e estamos perto de uma estabilização com decréscimo".
Grande Vitória e interior
"Nesse segundo inquérito entendemos que, quem estamos recolhendo exames, não representa mais a população do Estado do Espírito Santo. Quando sorteamos amostra, essa amostra deveria representar toda população. (...) Quando olhamos para o interior, no fim de maio, da Grande Vitória encaminhar para o interior. Houve o decréscimo na Grande Vitória e o interior se mantendo. A pandemia começa nos grandes centros urbanos e depois vai para o interior. Ainda não houve total perda de representatividade, por isso as mudanças são sutis".
Percepções
"Observamos de todas as etapas em conjunto que no Espírito Santo, Grande Vitória e interior, da etapa um até a etapa quatro, sempre teve um crescimento progressivo. Dentre as várias possibilidades discutidas, analisando a população do inquérito um, padrões de mobilidade social do inquérito um e dois, percebemos que essa metodologia pra essa fase que vivemos agora em agosto, tivemos flexibilização maior e muito mais pessoas se curando. Provavelmente, o que estamos encontrando é que a população em domicílio já é população protegida, que se protege menos".
Segundo inquérito
"Nesse inquérito tivemos aprendizado de como as medidas de flexibilização podem ter interferido nesses resultados que encontramos. Para entender a dinâmica de transmissão da doença, é preciso entender o percentual de infectados no geral. A gente usa esse mapa para, na verdade, ver de quantas pessoas vivem na comunidade tiveram contato com o vírus. Temos, em geral, processo que mostra e traz dinâmica da doença em uma região".
Metodologia
"A pesquisa foi realizada por meio de aplicativo desenvolvido especificamente para o inquérito. Os smartphones utilizados foram cedidos pelo IBGE. Os dados de cada aparelho foram monitorados em tempo real, permitindo dar feedback aos pesquisadores de campo. O processamento de dados foi utilizando ferramentas de Business Intelligence".
Resultados
"Ao total, foram dois inquéritos e seis etapas. Vamos falar dos resultados. Só recordando o motivo de fazer o inquérito: as informações que temos dessa doença, as notificações nos trazem as hospitalizações, os óbitos, como a doença se comporta na sociedade. O inquérito nos auxilia a entender a doença. Fizemos uma estimativa do percentual de pessoas que produziram anticorpos contra o novo coronavírus no Estado. Quando comparamos prevalência para cada intervalo, temos noção da velocidade de transmissão".
Duas etapas
"É importante ressaltar que o inquérito na primeira etapa passou por divisão de municípios de prevalência e de expansão. Nesse segundo momento, tivemos oportunidade de ter prevalência estadual e por município: de quantas pessoas já adquiriram o coronavírus no Espírito Santo".
Inquérito sorológico
"Esta é uma estratégia do governo do Estado onde buscamos desde o início de maio buscar a estimativa da prevalência para descobrir o andamento da doença por aqui. Esse processo todo das quatro primeiras etapas, começando dia 13 de maio, se estendendo agora para a segunda fase, é um processo gigantesco de envolvimento grande. Primeiramente temos uma equipe grande pensando as estratégias mais propícias para um momento como esse".
Intervalo
O secretário Nésio Fernandes e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin pediram uns minutos de intervalo e pausaram a transmissão enquanto a equipe que vai apresentar o resultado do inquérito sorológico prepara a mesa.
Panorama do ES
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin: "106 mil casos confirmados da doença, 3.045 óbitos. Houve uma redução de óbitos de 18% se comparado aos últimos dias. Os números de hoje, de casos e óbitos, se equiparem aos valores médios do final de maio. 35% dos óbitos são da Grande Vitória, sendo 65 do interior. 27% dos casos são da Grande Vitória e 33% do interior do Estado".
Volta às aulas e mais testes em setembro
Secretário Nésio Fernandes: "Sobre a volta às aulas o governador vai tratar ao longo dessa semana. A Secretaria de Estado da Saúde tem condição de testar todo paciente sintomático. O Lacen, a partir de setembro, deve realizar mais de 2 mil testes por dia. Inquérito sorológico vai ser importante também para ao longo do ano ver o comportamento da pandemia (...) Hoje não há como confirmar quando serão retomadas as aulas. Estamos amadurecendo o tema com o segmento escolar".
Taxa de letalidade
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin: "A taxa de letalidade se mantém abaixo da média nacional, de 2,9%. Significa que aqueles que adoeceram foram muito bem cuidados. Nossa taxa de letalidade é baixa. Em relação aos óbitos, todos eles estão classificados se foram por Covid ou por outra doença. Isso faz com que taxa de letalidade possa ser um pouco maior do que outros Estados brasileiros. No final da pandemia também poderemos analisar outros fatores, quanto a população idosa por exemplo".
Casos de reinfecção
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin: "Como é sabido, tivemos notificação de 21 casos de resultado do teste PCR positivos para a mesma pessoa, e fizemos investigação destes casos. 17 foram desconsiderados porque não se obteve amostras, 4 investigados e 3 descartados. Um caso é inconclusivo porque estamos avaliando. Sobre o primeiro caso que tivemos um teste positivo, encaminhamos ao Ministério da Saúde e eles estão analisando. Estamos aguardando um posicionamento deles".
Níveis de risco
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin: "Alguns órgãos de imprensa dirigiram um conjunto de perguntas que vamos tentar responder e adicionar outras informações. Se hoje a utilização desses parâmetros de casos ativos é um fator determinante para a cidade ficar no risco alto, médio ou baixo".
Aglomerações
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin: "As aglomerações que estamos vendo ferem completamente o regramento estabelecido para liberação de espaços comerciais. Se restaurante pode funcionar até determinado horário, ele pode funcionar com afastamento de mesas, lotação máxima estabelecida. Fugir dessas regras é trazer responsabilidade legal e de consciência. O dado a saúde dessa pessoa que frequenta esse estabelecimento vai ser conhecida de todos. Se alguém adoecer e for a óbito, é possível que se estabeleça um vínculo a quebra de regras. As regras são claras e caminham em uma direção de cuidado para que a gente possa voltar a conviver, frequentar espaços e realizar atividades que fazíamos antes".
"A pandemia não acabou"
Secretário Nésio Fernandes: Flexibilização das atividades aumenta a responsabilidade das pessoas. De distanciamento, uso de máscara... Para que de fato essa retomada não represente esse aumento de contaminação e vá contra a queda de óbitos que estamos esperando. Regras devem ser respeitadas e cumpridas. A pandemia não acabou, temos necessidade de alertar a sociedade. Temos ainda boa caminhada até chegar até a vacina.
Grandes decisões podem ser tomadas em outubro
Secretário Nésio Fernandes: "Haverá a apresentação de todo o inquérito sorológico no Espírito Santo desde maio e apontar as perspectivas para os próximos dias. E vou atender as perguntas da imprensa encaminhadas para nossa assessoria. O plano de contingência foi desenhado no mês de fevereiro. Ao longo do mês de maio e julho, pesquisadores apontaram a eminência do nosso Estado em colapsar, mas não colapsamos. No início deste mês, vimos que o mês de agosto seria de quedas, de transição, e que poderíamos de fato entendermos que em agosto deve consolidar a fase de recuperação. O mês de setembro, essa transição consolidada para outubro, pode fazer com que o governo do Estado aponte novos direcionamentos".
Início da transmissão
À frente da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o secretário Nésio Fernandes deu início à transmissão desta terça-feira (25), ao lado do subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, na qual falarão sobre a atual situação da pandemia do novo coronavírus no Espírito Santo. Acompanhe com A Gazeta.
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